A Mesa Executiva da Câmara de Londrina deve encaminhar para as comissões permanentes do Legislativo o projeto de lei que pretende instituir o programa "Escola Sem Partido" na rede municipal de ensino. A proposta, do vereador Filipe Barros (PSC), pega carona em dois projetos semelhantes, propostos na Câmara Federal pelo deputado Erivelton Santana (PEN-BA) e, no Senado, por Magno Malta (PR-ES).
O texto do vereador é uma promessa de campanha e um compromisso assumido junto ao movimento nacional "Escola Sem Partido". O projeto de lei local, assim como os que tramitam em Brasilia, têm como base a defesa de que valores de ordem familiar devem ter precedência sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa. Barros também afirma que é decorrência de sua militância em escolas dos últimos três anos, "contra a ideologia de gênero e pró-vida".
De acordo com a proposta, as instituições de educação básica afixarão nas salas de aula e nas salas dos professores cartazes com os deveres dos professores, entre eles o de não promover ou favorecer os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias.