Depois de tentar impedir o prefeito Barbosa Neto (PDT) de nomear secretários com "ficha suja", um grupo de vereadores quer agora proibir quem ocupou cargos do primeiro escalão de exercer atividades em empresas privadas do mesmo ramo da atividade pública pelo período de um ano, após ser exonerado. Assim, o presidente da Sercomtel, por exemplo, não poderia trabalhar em qualquer empresa privada ligada à telefonia.
De acordo com o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município (LOM), o número 2/2009, assinado por Tito Valle (PMDB), Marcelo Belinati (PP), Joel Garcia (PDT), Gerson Araújo (PSDB), Roberto Fortini (PTC) e Rony Alves (PTB), os secretários e os presidentes e diretores de autarquias e empresas públicas ficam obrigados a assinar termo de compromisso para respeitar a quarentena de um ano.
Na justificativa, os vereadores assinalam que secretários municipais obtêm, em razão do cargo, informações privilegiadas que, sem a quarentena, poderão utilizá-las "em benefício das empresas ou de seus representantes legais ou acionistas, em desfavor dos interesses de Londrina e dos londrinenses".
A Comissão de Justiça, apontando vício de iniciativa, concedeu parecer contrário ao projeto.
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