O vice-prefeito do município de Pontal do Paraná, no Litoral, José Vigineski (PT), entregou aos vereadores ontem um documento em que pede a renúncia do prefeito José Antônio da Silva (sem partido). O vice, também conhecido como Zeca do PT, foi despejado de seu gabinete pelo próprio prefeito, durante o final de semana. Na segunda-feira, ao chegar na prefeitura, Zeca descobriu que a fechadura do seu gabinete havia sido trocada. O prefeito assumiu a responsabilidade pela troca.
O documento entregue por Zeca aos vereadores nesta quinta-feira, chamado ''Carta ao Povo de Pontal do Paraná'', explica a briga entre os dois, do ponto de vista do vice-prefeito. Ele também lembra no documento que o prefeito está sendo investigado em diversos processos pelo Ministério Público, por cinco comissões parlamentares de inquérito da Câmara e ainda por duas comissões processantes. ''É uma questão de tempo para ele ser afastado. Então estamos pedindo que ele tenha um mínimo de dignidade e renuncie, livrando o município desse desgaste'', defende o vice.
O prefeito alega que despejou o vice porque precisava da sala para abrigar uma nova equipe de assessores. Segundo ele, seu vice passou a lhe fazer oposição quando ele exonerou a então secretária de Educação do município, que é mulher de Zeca. Silva, que foi expulso essa semana do PPS por apoiar Alvaro Dias (PDT) para o governo do Estado, não cogita a possibilidade de renunciar. Ele diz que está aberto para receber novamente o vice-prefeito, desde que ele pare de lhe fazer oposição.
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Desde terça-feira, o vice está trabalhando em uma barraca de praia, montada na rua, em frente a prefeitura. E nesta quinta-feira até mesmo a barraca precisou ser mudada de lugar porque o prefeito autorizou o início de obras de reforma no prédio, até então não previstas. A colocação de andaimes ao redor do prédio obrigou o vice a transferiu a sua barraca por alguns metros.
Até esta sexta-feira, Zeca do PT pretende entrar com três ações contra o prefeito. Uma ação criminal por causa da invasão que sofreu ao seu gabinete, um pedido de indenização por danos morais e materiais e um pedido de devolução dos documentos que estavam no gabinete.
* Leia mais na edição da Folha de Londrina desta sexta-feira