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Previdência

Votação da reforma no Senado fica para esta quarta

Bonde, com informações da Agência Brasil
26 nov 2003 às 09:02

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Mesmo com todos os 81 senadores presentes no plenário, a votação da reforma da Previdência no Senado foi adiada para esta quarta-feira. O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse na terça que não havia condição hábil para a votação, porque se "perdeu muito tempo com a discussão do acordo do subteto".

De fato, os líderes passaram praticamente toda a tarde em reunião na presidência do Senado tentando reconstruir o acordo fechado na terça com os governadores e convencer o PMDB de que o subteto do funcionalismo público estadual deveria permanecer inalterado na proposta da reforma.

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Com o acordo reconstruído, todos foram para o plenário. No entanto, a Ordem do Dia somente começou por volta de 18h30, horário considerado tardio pelo governo para dar início à votação de um tema tão polêmico. "A votação fica para amanhã (esta quarta) cedo, porque o clima é mais tranqüilo", justificou Mercadante.

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Cada senador poderá usar até cinco minutos para falar antes da votação. Se todos resolverem falar, o processo levará, no mínimo, seis horas, só com a discussão da matéria.

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A sessão está marcada para começar às 9h30 e o processo deve ser longo por causa das regras regimentais. Primeiro, será colocado em votação um requerimento para aprovar a urgência na tramitação da polêmica Proposta de Emenda Constitucional (PEC) paralela, que contém os pontos que podem ser alterados na reforma original.


Depois, a PEC original da reforma da Previdência é posta em votação, momento em que os senadores poderão se pronunciar por cinco minutos. Em seguida, vem o encaminhamento de votação feito pelos líderes dos partidos. Só, então, a reforma é votada.

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Se forem gastos todos os prazos permitidos no regimento, a votação em si só deverá ser realizada no fim da tarde ou no início da noite. Se forem reduzidos, a votação do texto-base poderá ocorrer no início da tarde.


Apesar do adiamento, o governo mantém o otimismo para a aprovação da matéria. "Estamos seguros do apoio da base e também de votos de parte significativa da oposição. Vamos aprovar a reforma sem alterações", afirmou Mercadante.

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Aprovado o texto principal, serão realizadas oito votações nominais de destaques – dispositivos que têm como objetivo alterar o conteúdo do texto principal. Também está acertada a votação simbólica de outros três pontos. Estas serão as últimas chances para que alguma mudança na reforma seja feita, porque no segundo turno apenas mudanças de redação são aceitas.

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Mercadante explicou que uma das razões que levou o governo a deixar a votação para esta quarta foram as condições de saúde do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Há quatro dias, Sarney sofre com uma crise de labirintite. O adiamento seria uma maneira de garantir que o presidente do Senado esteja presente na hora da decisão.


Se a votação entrasse pela madrugada, provavelmente ele teria que se retirar do plenário. Se isso ocorresse, os trabalhos seriam presididos pelo primeiro vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), que ainda não definiu se votará a favor da reforma.

Até terça, o senador gaúcho aguardava um telefonema do ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, para decidir se acompanha ou não os demais senadores do PT na votação. Se presidisse a sessão, Paim ficaria livre da escolha, porque, pelo regimento do Senado, o presidente não vota a não ser em caso de empate.


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