Cerca de oito mil alunos dos CEIs (Centro de Educação Infantil) filantrópicos de Londrina deverão ficar sem aulas a partir desta terça-feira (13). A paralisação por tempo indeterminado foi aprovada pelos professores dessas instituições em assembleia realizada no último sábado (10).
A mobilização tem o objetivo de pressionar o município a conceder reajuste para igualar os salários dos cerca de 1,4 mil professores dos CEIs filantrópicos aos salários dos professores dos CMEIs (Centro Municipal de Educação Infantil).
Atualmente, segundo o Sinpro (Sindicato dos Profissionais das Escolas Particulares de Londrina e Norte do Paraná), os professores das instituições filantrópicas recebem R$ 2.191 enquanto os professores das creches geridas pelo município recebem R$ 4,8 mil.
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A entidade sindical diz que o problema se arrasta por 15 anos e vem sendo transferido de administração para administração. Em 2014, na gestão do prefeito Alexandre Kireeff, ficou acordado que seriam concedidos reajustes a partir daquele ano até 2017.
Após a assinatura do acordo, afirmou o presidente do Sinpro, Andre Cunha, a diferença entre os salários dos professores dos CEIs filantrópicos e dos CMEIs foi reduzida “de 160% para 120%”.
Desde então, o último reajuste, de 15%, foi concedido em 2023, penúltimo ano da gestão de Marcelo Belinati. Mas o percentual não foi suficiente para atingir a igualdade salarial. “Uma professora de um CMEI ganha R$ 4,8 mil para trabalhar as mesmas seis horas de uma professora da CEI, para dar a mesma aula, para ser fiscalizada pela mesma Secretaria de Educação”, destacou Cunha.
Os professores dos CEIs e dos CMEIs são regidos por regimes trabalhistas diferentes. Os trabalhadores das unidades filantrópicas são celetistas e os das instituições municipais, estatutários.
Os mais de 62 CEIs em atividade no município são administrados por mais de 60 entidades conveniadas com a prefeitura. Elas recebem o dinheiro do município e o repassam aos professores das creches. Os valores são determinados pelo cálculo do custo per capita de cada aluno. Para manter as crianças do berçário, o repasse é de cerca de R$ 900 per capita. Para as maiores, fica em torno de R$ 750 cada uma.
Com esses valores, além dos salários, os CEIs pagam todas as despesas de funcionamento, como água, luz e a alimentação das crianças e ainda arcam com as reformas e obras de melhoria.
O Sinpro lembra que a redução da disparidade salarial foi uma promessa de campanha e cobra do prefeito, Tiago Amaral.
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