Diante da polarização cada dia mais acirrada, partidos e movimentos liberais como Partido Novo, Cidadania, PSDB, Livres, Vem pra Rua, Lava Togas e UJL estão preparando um ato a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra a possível volta do PT ao comando do país para marcar posicionamento para eleições de 2022. O ato denominado “Nem Lula nem Bolsonaro” está marcado para este domingo (12), às 15 horas, na Boca Maldita. A ação pela "terceira via" deve se concentrar em algumas capitais do país e não há informação de que eventos semelhantes ocorram em cidades de médio porte como Londrina e Maringá (noroeste). A manifestação no Estado ainda está encontrando resistência de agregar partidos mais à esquerda, como PDT, por conta da pauta liberal de algumas legendas.
Segundo o comunicado dos partidos envolvidos na mobilização, o ato terá entre as pautas "desemprego, inflação, negacionismo, reformas paradas no Congresso Nacional e quase 600 mil pessoas mortas por Covid-19 no Brasil". As siglas ainda devem se posicionar contra o que chamam de "tom golpista dos discursos de Bolsonaro".
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“Bolsonaro estimula a polarização, ataca instituições e coloca em xeque o Estado Democrático de Direito. Ele trabalha apenas para sua reeleição e proteção da sua família”, afirma Juliano França Tetto, presidente do diretório municipal do Novo em Curitiba. “Nem Bolsonaro nem Lula. A manifestação vai fazer um alerta para o risco dessa polarização. O Brasil precisa e merece uma terceira via", acrescenta.
Já o PSDB do Paraná informou que defende uma terceira via para as eleições de 2022, porém o partido alega que não teve tempo hábil para realizar uma reunião com as lideranças estaduais para debater sobre as manifestações do dia 12 de setembro, embora o PSDB de Curitiba esteja ajudando a organizar as manifestações “Nem Lula nem Bolsonaro”, na capital do estado. "Minha opinião pessoal é que o momento não é para impeachment, em função que isso causaria ainda mais desestabilidade no país. As eleições já estão próximas e vamos trabalhar para oferecer melhores opções para o desenvolvimento do país", diz o presidente da legenda no Paraná, o deputado estadual Paulo Litro (PSDB).
Presidente do Cidadania no Estado, o deputado federal Rubens Bueno (CDN) não estará presente mas mandou representantes do partido para o ato na capital. Sobre as manifestações do dia 7 de setembro, Bueno comenta que não é possível tolerar manifestações do presidente com devaneios autoritários e antidemocráticos. "Bolsonaro percebeu que perdeu o controle do movimento que insuflou e que os atos radicais, incentivados por ele, acabariam o atingindo diretamente, o que representaria uma queda maior ainda da sua avaliação como presidente", avalia o parlamentar sobre o recente recuo do presidente após carta enviada ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.