Inúmeras perguntas rondam a cabeça do consumidor quando se fala em revestimentos cerâmicos. Afinal, trata-se de um setor muito amplo, com variação de tipos, acabamentos, cores, formatos, texturas! Com um leque tão grande de produtos para piso, parede, fachadas, como fazer para não errar? Para ajudar nessa questão, a equipe especializada da Incepa preparou um guia com os principais assuntos que do mundo cerâmico. Confira!
Qual a diferença entre cerâmica e porcelanato?
Apesar de semelhantes, os dois materiais têm diferenças já em sua fabricação. A cerâmica tradicional une argila e alguns minerais, ao passo que o porcelanato é um misto de porcelana e materiais mais nobres (como o feldspato, por exemplo). A temperatura de queima das duas matérias primas também é diferente: mais alta, a queima do porcelanato pode ser superior a 1.200 °C, conferindo mais resistência mecânica, química e baixa porosidade. Na prática, isso faz com que as peças sofram menos absorção de água e sejam menos suscetíveis a manchas.
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Os porcelanatos são essencialmente divididos em duas categorias: os técnicos e os esmaltados. Os porcelanatos técnicos, na maioria das vezes, possuem superfície polida ou natural e tem pouca absorção de água (menor ou igual a 0,1 %). Os esmaltados – como o nome já diz – recebem uma camada de esmalte após a queima, conferindo mais brilho, toque acetinado ou áspero. São peças que absorvem mais água (menor ou igual a 0,5 %), indicadas para parede e pisos – desde que sejam em lugares de circulação moderada. Quanto menor o índice de absorção de água, menor a porosidade da peça, fazendo com que ela tenha mais resistência mecânica e à abrasão.
A escolha de um porcelanato vai muito além da questão estética. Cada ambiente possui uma necessidade específica, que deve ser levada em conta na hora de decorar – como é o caso das áreas molhadas ou que são lavadas com frequência, como banheiros, cozinhas, piscinas e áreas externas. Nesse caso, o ideal é escolher um produto com maior aderência, muitas vezes com superfícies com relevo e antiderrapante. É importante se atentar à indicação de uso sempre existente nas embalagens. E, para os porcelanatos esmaltados, ainda é preciso levar em conta o PEI, que indica a resistência da peça – PEIs muito baixos são indicados para parede, e os mais altos, para tráfego intenso.
Apesar de resistentes, os porcelanatos podem sofrer desgastes com o tempo. Para prolongar sua vida útil, cuidados simples podem ser tomados, como: proteger os pés do mobiliário com carpete ou feltro, para não arranhar; na limpeza, evitar produtos que possuam ácido em sua formulação, optando sempre por detergente neutro diluído em água; evitar contato de produtos abrasivos em superfícies brilhantes; aplicar cera líquida em produtos polidos, para proteger a superfície.