Quem não lembra da emocionante história de Carl Fredricksen, contada na animação "UP! Altas aventuras", criada pela Pixar em 2009? Na ficção, um ex-vendedor de balões de 78 anos se recusa a deixar a singela casinha em que mora, e onde viveu uma linda história de amor com sua querida Ellie, para dar lugar à construção de enormes prédios.
Coincidência ou não, alguns anos antes de UP! uma história parecida foi vivida por Edith Macefield, uma senhora de 82 anos que rejeitou vender a sua antiga casa, mesmo após oferecerem a ela um milhão de dólares pelo imóvel. As informações são do site norte-americano Road Trippers.
Edith e sua mãe sempre viveram na mesma casa, em Ballard, Seattle, nos Estados Unidos. Ao longo dos anos perceberam a chegada do progresso, com a transformação das antigas casas em lojas e grandes edifícios. Não demorou muito para que as construtoras tentassem fazer o mesmo com a casa de Edith, oferecendo enormes quantias pelo imóvel. De tanto ela se negar a vender a propriedade, as ofertas chegaram a valores milionários, mas ela permaneceu firme em seu propósito.
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Assim como o Carl Fredricksen, o personagem do desenho, Edith também mantinha um apego emocional muito grande à casa. A mãe morrera na casa e era lá que pretendia viver até seus últimos dias, justificava ela sempre que perguntada sobre o motivo da recusa.
Após muitas negativas, a construtora interessada no imóvel não teve outra opção, senão adaptar o projeto arquitetônico de um shopping, construindo ao redor da pequena casa. A obra foi levantada, mas o projeto precisou de um grande vão, para manter intacta a casa de Edith.
Também como no desenho, Edith fez um amigo inesperado: Barry Martin, que na época da construção chefiava a obra. Mesmo com tudo para não se darem bem, eles fizeram uma boa dupla. Martin a ajudava com as medicações e outras tarefas diárias. O amigo a acompanhou até seus últimos dias, em 2008, quando Edith faleceu aos 87 anos, vítima de um câncer.
Inspirada pela lealdade de Martin, a senhora deixou para ele sua preciosa casa. A residência permanece até hoje no mesmo local e passou apenas por algumas reformas, como a troca das janelas e melhorias no jardim.
A persistência fez com que Edith se tornasse uma espécie de heroína local. Sua casa e história foram inspirações para a construção de pequenas casas na região, tatuagens e até um festival de música. (Fonte: Ciclo Vivo)