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Entenda como o consumidor adotou a compra online na quarentena

22 jul 2020 às 15:12

A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) afetou os hábitos de consumo dos brasileiros. Após o decreto da quarentena, muitas empresas tiveram de fechar as portas temporariamente e adaptar a rotina, migrando o negócio físico para o online. Com isso, mesmo à distância, as pessoas não pararam de consumir. No entanto, novos hábitos de compra vêm sendo adotados, como pesquisar e adquirir produtos e serviços virtualmente.

O e-commerce passou a ser uma das principais pontes entre empresas e consumidores. Segundo a pesquisa "Novos hábitos digitais em tempos de Covid-19", realizada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Toluna, os pedidos por e-commerce subiram.


No levantamento, é possível observar que 61% dos consumidores aumentaram suas compras por meio digital. Os dados detalham ainda que, para quase metade dos entrevistados (46%), o aumento de compras virtuais foi de mais de 50%.


Com os comércios de rua fechados e sem poder sair de casa, muitas pessoas passaram a fazer ou intensificar o volume de transações online. Os setores que se destacam são: beleza e cosméticos (31%), livros (26%), vestuário (23%), eletrônicos (21%), casa, mesa e banho (21%), alimentos e bebidas (17%) e eletrodomésticos (16%).


Devido ao aumento da adesão às compras virtuais, é possível identificar traços de comportamento dos consumidores em relação aos meios de pagamento. De acordo com o movimento da SBVC, a forma de pagamento mais usada durante a reclusão social é o cartão de crédito, que soma 73%, e em segundo lugar aparece o boleto bancário, com 14%. Em seguida há pagamentos através de aplicativos (8%) e transferência bancária (5%).


Além disso, os clientes estão testando novas formas de pagar. O estudo aponta que 6% dos consultados afirmaram que mudaram a forma de pagamento durante a quarentena, passando a utilizar mais os apps de pagamentos.


As mudanças também estão no valor médio das compras, que subiu de R$ 417,82 em março para R$ 492,43 em maio – a diferença representa um acréscimo de 18%. Essa informação é do levantamento da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) em parceria com a empresa de soluções antifraude Konduto.


Com o rápido crescimento do e-commerce durante a pandemia, as fraudes também estão mais presentes no setor. Neste cenário, é importante adotar algumas estratégias antes de efetuar a compra. Se atentar à reputação do site e vendedor, consultar os preços e as informações sobre os produtos são algumas recomendações para fazer transações mais seguras.

Vale ressaltar que, durante este momento de crise, analisar bem o orçamento e a real necessidade de compra de produtos é essencial para evitar gastos desnecessários. "Antes de qualquer compra, o consumidor deve olhar para seu orçamento financeiro e analisar sua real necessidade em comprar aquele item. Olhar seu orçamento e ver se é possível financeiramente realizar a compra é a primeira estratégia para o consumidor não comprar por impulso", destaca o consultor financeiro Flávio Neves.


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