Com o crescimento acelerado do mercado de iluminação nos últimos 20 anos, os projetos comerciais e principalmente residenciais passaram a exigir muito mais do que o conhecimento do arquiteto e decorador. As novas tecnologias e as múltiplas funcionalidades fizeram com que profissionais de áreas distintas, como o lighting designer, também participassem na execução da obra.
Além de ser uma forma de evitar problemas na hora de aplicar e compatibilizar os conceitos de iluminação, o lighting designer indicará o sistema mais adequado a ser instalado, criando os melhores efeitos, cenas e equipamentos.
''Sem contar que um bom projeto de iluminação também flexibiliza o uso dos comandos de acendimento, trazendo o tão desejado benefício da economia de energia'', lembra a lighting designer Luciana Costantin.
Segundo a especialista, as três famílias de lâmpadas mais utilizadas em ambientes residenciais são as incandescentes, halógenas e fluorescentes, que se diferem tanto no formato quanto na temperatura de cor.
''Quanto maior a temperatura de cor de uma lâmpada, mais fria e azulada ela é. As fluorescentes compactas e tubulares, por exemplo, possuem pelo menos 3 tonalidades diferentes de luz branca. Portanto, na hora de escolher a cor desejada, procure a informação na embalagem ou pergunte a um consultor'', indica.
Para a arquiteta Neide Senzi, as lâmpadas dicróicas também são boas opções para residências. ''Têm facho de luz preciso, intenso, e abertura definida, enquanto incandescentes não oferecem fachos distintos e são mais suaves.''
O facho de abertura da lâmpada, que pode variar de 4 a 60 graus vai depender do tamanho do objeto ou superfície que precisam ser iluminados.
Para ambientes onde há sombras e alto contraste, como na cozinha, lavanderia, escritório, closet, espelho/bancada de banheiro e garagem, Luciana indica a luz difusa para evitar cansaço visual causado pelo movimento da pupila ao se abrir e fechar na tentativa de se adaptar visualmente.
''Já a luz de destaque ou focada é melhor utilizada em locais como living, lounge, sala de lareira, lavabo, hall de entrada, galerias, home theater e paisagismo, por deixarem os ambientes mais aconchegantes e sofisticados'', diz.
Porém, há espaços onde esses dois tipos de iluminação podem ser combinados, como nos dormitórios, home theaters e sala de jantar, assim como é possível agregar um sofisticado sistema de automação, possibilitando o acionamento de acordo com a ocasião, através de um interruptor específico, que pode ser desde um controle remoto até uma tela de touch screen.
Em relação ao futuro da iluminação, Luciana cita os LEDs, que já possuem um pacote de luz razoável e estão sendo usados interna e externamente. Eles aparecem desde simples sinalizadores/balizadores até em versões coloridas, que são muito procurados pela função decorativa.
A arquiteta Neide Senzi criou dois ambientes aconchegantes ao combinar lâmpadas dicróicas nos forros, que garantiram uma iluminação focada, com as incandescentes presentes nos abajures.
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Luciana desenhou duas linhas de sancas com lâmpadas fluorescentes tubulares, criando uma luz difusa e contribuindo para a iluminação geral; as luminárias embutidas de lâmpadas dicróicas são orientáveis.
O espaço ganha aconchego pelo pendente no centro da mesa e o abajur apoiado; destaque para a luz das lâmpadas fluorescentes compactas e para a linha contínua de luminárias embutidas no forro de gesso com lâmpadas dicróicas.
Para valorizar o alto muro da piscina foram criados nichos agrupados com luminárias de LED de 3W, além dos miniprojetores ligados a cabos de fibra ótica, que conduzem a luz produzida por uma lâmpada vapor metálico.