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APOLO E DIONISO NO FIM DOS TEMPOS

31 dez 1969 às 21:33
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Muitos são os deuses da natureza. Na Mitologia Grega podemos citar Dioniso, Ariadne e muitos outros.

Enquanto Dioniso é um deus feio e lunar,deus da inconsciência, da intensidade e do prazer; Apolo é visto como seu oposto. Pois Apolo,é o deus da beleza e solar, da energia ordenadora e da consciência.

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Possuem pelo menos uma notável aproximação, ambos foram deuses que responderam as profecias no oráculo de Delfos.

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ALGUMAS RELAÇÕES/OUTRAS RALAÇÕES


Nessa época os deuses eram reverenciados e no plantio a deusa dos cereais Demeter, era consagrada e a ela se faziam vários rituais.

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Nos tempos modernos, verificou-se que por ignorância dos fenômenos que assolavam a terra, como chuva, raios, tempestades, etc., os povos inventavam os deuses. Inventar, criar deuses era uma maneira de descrever para si mesmo o mundo. A descrição possibilita uma sensação de controle e de compreensão diante das agruras e delícias da natureza.


A ignorância sobre esses mesmos fatos naturais se acabou. No entanto, a reverência e gratidão para com a Terra, também. Agora podemos falar de uma nova ignorância. A ignorância racional.

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Ao se estudar o desenvolvimento do pensamento, temos que o primeiro tipo de pensamento do homem tanto filogenético, ou seja, desde o primeiro homem sobre a Terra, quanto ontogenético, ou seja, o primeiro tipo de pensamento do bebê, é o assim chamado pensamento primitivo. Um pensamento que se faz pelo símbolo, por imagens. Somente depois vem o pensamento racional, o chamado pensamento secundário. Somente depois do pensamento por imagens é que se atinge o raciocínio natural para não apenas descrever o mundo como também para raciocinar sobre ele.


Esse primeiro pensamento que é feito por imagens, por símbolos, é altamente instintual e está ligado a funções da sensação e intuição da psique. Funções instintivas. De modo que, esse pensamento primitivo, é corporal, pois é dado pelas sensações e intuições.

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O pensamento racional pode se deixar permear pelo pensamento instintivo, tornando-se uma razão sensível, sensibilizada pelos instintos.


Em outras palavras, as sensações corporais, que também são os prazeres corporais só tem significado graças a consciência dessas sensações do corpo, ou seja, graças a intervenção do Logos, do intelecto racional.
Ao se relevar o pensamento primitivo em detrimento do secundário, pode-se obter um ser impulsivo e animalesco dado suas características mais voltadas ao instinto. Estará mais de acordo com a natureza, embora para o convívio na sociedade humana se requer normas e regras apolíneas.

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Ao se relevar o pensamento secundário em detrimento do primitivo, teremos um ser cheio de razão.
Estará mais de acordo com normas e regras. No entanto, como sempre tem razão, não se sujeitará as necessidades do outro e muito menos do planeta.


Apolo sem Dioniso é a loucura da razão. Dioniso sem Apolo é a embriaguez pelos instintos mais loucos.

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No entanto, o sistema da natureza não precisa do sistema da sociedade humana para sobreviver e contrariamente, a sociedade humana precisa da natureza.


A partir da Revolução Industrial, a mentalidade se desenvolve de modo unilateral. Dando maior ênfase à razão em detrimento dos instintos. Maior ênfase à consciência em detrimento da inconsciência.
Esse desenvolvimento unilateral passou a se refletir no outro sistema, o sistema da natureza, causando desequilíbrios que antes eram internos.
Nós somos a natureza!
Aquilo que causamos em nós, causamos na natureza.

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Passando a se enxergar à parte da natureza, o sistema da sociedade humana, deliberou que a natureza é sua propriedade. E como tal, passou a explorar de forma gananciosa e compulsiva.


Estamos hoje a beira do caos. Mesmo que todo o processo de desmatamento e de produtos químicos lançados aos leitos de rios e ao mar, cessassem de acontecer ainda hoje, não escaparíamos do efeito estufa e de todas as suas terríveis conseqüências. Estamos cometendo suicídio.


Esse suicídio é uma conseqüência lógica da profunda cisão entre os conteúdos instintivos e os conteúdos racionais para o indivíduo que se expande ao coletivo atingindo a comunicação entre a sociedade humana e o sistema da natureza.


David Suzuki, cientista, ambientalista e locutor, afirmou no documentário A Última Hora produzido por Leonardo di Caprio: "A mente humana causou a tragédia ecológica".


O psicólogo junguiano James Hillman declara: "Pensar que estamos separados da natureza é um distúrbio de raciocínio".


E Wes Jackson, presidente da Land Institute, confirma: "A deteriorização externa, não é só o problema efeito estufa, é o espelho interno!".


E assim outros cientistas afirmam que a civilização global criada pela mente humana é a base da destruição do eco sistema da Terra.


O Arquétipo dos deuses é criado pela mente humana. Ganha autonomia psíquica, pois é também instintivo. Toda civilização produz seus deuses. Onde existir, que seja apenas um ser humano, haverá a criação de deuses por que essa criação é instintiva.


O problema é que a civilização ocidental globalizada, os ignorou e agora, esses mesmos deuses estão novamente exigindo o seu quinhão na consciência através das doenças psíquicas e da deteriorização do planeta. Essa é a vingança dos deuses que a razão somada a sensibilidade poderia evitar.


Compreender esses complexos e arquétipos é um dos caminhos possíveis para a talvez tardia, união dos opostos e a comunicação entre natureza e razão.


O sistema psíquico deve se apoiar tanto no instinto da razão como nos demais instintos. Sendo a razão a detentora do poder do raciocínio, é ela que deverá acolher a sensibilidade ofertada pelos demais instintos. A razão teme perder seu poder e dominação caso se "rebaixe" a fazer tal acolhimento.


As grandes corporações temem se "rebaixarem" caso interrompam o modo de expansão ilimitada para acolher sensivelmente o sistema da natureza.


No entanto, quando a razão se deixa sensibilizar, ela percebe que esteve impedindo um processo salutar de desenvolvimento e que é muito mais recompensador e rico se deixar tornar em razão sensível.


Pensar que as grandes corporações tenham a noção de sua própria doença, é bem utópico. Mas, a utopia é necessária e possibilita transformações.


Perdemos o contato com a fonte de nossa sobrevivência e como analisa James Hillman, psicólogo junguiano, a sensação de perda que marca nossa época é por que "não sabemos o que perdemos. Nós perdemos a beleza do mundo. E a gente tenta compensar conquistando, possuindo, sendo o dono do mundo".

Sugestão: assista ao filme de Shyamalan " Fim dos Tempos" e
ao documentário já citado "A Última Hora".


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