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VÍNCULOS E SAÚDE EMOCIONAL

08 jul 2009 às 18:29
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O homem, ao longo do seu desenvolvimento, inevitavelmente se descobre um ser relacional, ou seja, está constantemente em relação a: uma pessoa, uma emoção, uma escolha, um sentimento, uma condição, e até mesmo uma situação. A partir dessa descoberta, pode perceber igualmente a importância dos vínculos que estabelece, e que se estabelecem, nessa trama dinâmica, e às vezes complexa, de relações e ligações pessoais.
Nas relações humanas, já no ventre materno se identifica o primeiro vínculo estabelecido pelo indivíduo, representado ali pelo cordão umbilical, e a partir do qual podemos entender a importância do processo de construção e formação dos vínculos. A própria constituição, e condição desse cordão umbilical, irá determinar a saúde e o desenvolvimento do embrião, isto é, se o cordão é frágil, haverá fragilidade no feto e, da mesma forma, se for bem nutrido e forte, isso refletirá de forma positiva no pequeno ser que ali se desenvolve.
Após o nascimento, naturalmente outros vínculos vão sendo construídos, através das relações que o indivíduo estabelece e vivencia em seu crescimento, tanto físico quanto emocional. Pessoas e eventos significativos podem marcar profundamente o ser humano, nessa trajetória única, e muito pessoal, de sua rede de relacionamentos, na qual pode tanto desenvolver e expandir suas potencialidades afetivo emocionais, como ficar preso a determinados sentimentos e situações não resolvidas, que não fluem através dessa rede.
Uma relação bem desenvolvida com os pais, ou substitutos, criada e articulada a partir de sentimentos positivos, de auto-valor, aprendizado experimental de valores e modelos estruturais saudáveis, bem como a livre expressão dos próprios sentimentos, aprendendo a respeitar a si mesmo e ao outro, são constituintes de um ambiente incubador de vínculos certamente saudáveis.
Essa saúde vincular, consequentemente, afetará as emoções do indivíduo, fortalecendo-as e desenvolvendo, dessa forma, uma composição afetivo-emocional mais sólida, e preparada para os desafios e movimentos inerentes à construção e manutenção desse importante processo.
Por outro lado, um ambiente pobre em estímulos ao valor pessoal do ser humano, construído sobre uma base de conflitos e medos, julgamentos e ira, falta de amor e cuidado essencial, é certamente gerador de vínculos frágeis e falsificados, doentios e fragmentados, resultando em relações conflituosas, sufocantes e destrutivas, extremamente prejudiciais ao desenvolvimento humano, em cada um dos seus aspectos.
Cabe portanto, a cada um, a escolha consciente, bem como a responsabilidade, de buscar estabelecer relações equilibradas, desde os vínculos primeiros, fundamentais, de onde se aprende e apreende os valores genuínos, que dão real sentido às emoções e relações humanas, e as tornam saudáveis.
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