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Culpa do DNA

Genética pode ser causa e solução para a obesidade; entenda

Redação Bonde
05 ago 2014 às 09:02
- Divulgação/Gazeta Esportiva
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Há quem coma um prato caprichado, recheado de carboidrato e com direito a sobremesa no final, sem que isso afete a silhueta. Por outro lado, há quem engorde comendo pouco, cortando carboidrato, açúcar e tudo o mais que possa favorecer o ganho de peso. Pois essa contradição pode ser explicada pela genética. "Cada indivíduo é único e suas características são determinadas pelo seu DNA, incluindo como o seu organismo vai metabolizar os alimentos. Nem sempre a restrição de calorias será suficiente para reduzir o peso ou a gordura corporal. A dieta, que é ótima para uma pessoa, geralmente não servirá para outra", explica Michelle Vilhena, médica do Centro de Genomas, em São Paulo.

Para entender melhor este processo é preciso compreender a influência dos genes em nosso metabolismo. "Os genes são sequências de DNA, que contém informação codificada para produção de proteínas, as grandes responsáveis pelo funcionamento do corpo. São elas que determinam a digestão de alimentos e como eles serão utilizados: se para armazenamento de gordura ou para produção de energia e taxa de metabolismo basal. Isso quer dizer que os genes influenciam o funcionamento do corpo como um todo", afirma a médica.

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Para quem está acima do peso, exames de nutrigenética ajudam a identificar se o excesso é decorrente de maior ingestão de alimentos ou de menor gasto energético - ou de ambos. "Eles podem, ainda, mostrar se a pessoa tem metabolismo lento para carboidratos ou para gorduras e auxiliar o profissional nutricionista ou médico a definir qual é a melhor abordagem nutricional para perda ou manutenção do peso", esclarece Michelle. "É importante destacar que pesquisadores estimam que cerca de 600 marcadores genéticos estejam envolvidos na determinação da obesidade multifatorial e que os testes de nutrigenética mais amplos avaliam apenas 24 desses marcadores. Assim, trabalhamos com probabilidades", explica.

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Para identificar o problema, é possível realizar vários exames capazes de direcionar o médico na melhor forma de tratamento. "Existem testes de nutrigenética, dermagenética, farmacogenética, oncofarmacogenética, cardirisk, entre outros. O importante, no entanto, é entender que a genética não é destino e que esses testes são preditivos, ou seja, nos ajudam a prever alguns processos. Assim, ao identificarmos a melhor dieta a ser seguida por cada indivíduo, nós podemos também reduzir o risco de doenças graças a mudanças no estilo de vida, baseadas na alimentação. Sem esquecer que, para resultados favoráveis, é fundamental a adesão às recomendações nutricionais propostas", alerta a especialista.


Magra para sempre

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Com base nos resultados de um exame de nutrigenética, é possível direcionar a dieta, tornando-a totalmente personalizada e fazendo com que ‘os genes se expressem da melhor forma possível’. "Podemos identificar qual é o padrão de metabolismo da pessoa e, assim selecionar, qual é a melhor distribuição de macronutrientes e se ela precisa ou não de certos suplementos e vitaminas para auxiliar o seu metabolismo. Esses testes são uma ferramenta a mais na prática clínica nutricional aliados a exames bioquímicos e anamnese tradicionais", defende.


Dessa forma, a perda do excesso de peso, bem como sua manutenção, se tornam mais fáceis, porque a dieta é baseada nas reais necessidades de cada pessoa. "A reeducação alimentar é direcionada pelas necessidades do DNA. Com o metabolismo funcionando de maneira mais adequada, ele tende para um equilíbrio metabólico, onde, além do peso ideal, o paciente também consegue atingir um saldo positivo de saúde", finaliza Michelle.

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Culpa do gene


Existem inúmeros marcadores estudados para apontar o risco de obesidade. Conheça três fundamentais:

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FTO (Fat Mass and Obesity-Associated) - controla o equilíbrio energético e, assim, regula o acúmulo de massa corporal gorda e o índice de massa corporal (IMC). As alterações nesse gene estão ligadas ao desequilíbrio no balanço entre a ingestão e o gasto calórico. Indivíduos com essa alteração genética apresentam maior risco de desenvolverem aumento de IMC, gordura na cavidade abdominal e acúmulo de gordura subcutânea.


ADBR2 (receptor beta-adrenérgico 2) - regula a taxa metabólica basal presente no tecido adiposo branco e está envolvido na mobilização dos estoques de energia via lipólise e glicólise. Alterações neste gene aumentam os riscos de desenvolvimento de obesidade e todas as complicações provenientes dela.

LEP (leptina) - hormônio chave para o controle da ingestão de alimentos e metabolismo energético, sendo produzido pelo tecido adiposo e secretado pela circulação sanguínea, tendo a função de manter a homeostase energética. Atua na metabolização dos macronutrientes e no aumento da termogênese. Em nível normal, a leptina ajuda a reduzir o apetite. Em nível elevado, aumenta.


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