Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Matou diversos coelhos

Massacre a animais praticado por criança pode ser pedido de socorro, diz psicóloga

Bruno Souza - Especial para o Portal Bonde
15 out 2024 às 18:17

Compartilhar notícia

- iStock
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O massacre aos animais praticado por uma criança de nove anos neste domingo (13) em Nova Fátima, no Norte do Paraná, pode ser um pedido de socorro, segundo a psicóloga e professora da Unicesumar Bruna Milhorini.


O menino, de acordo com a PM (Polícia Militar), matou pelo menos 15 animais de uma clínica veterinária. Ele, após ser questionado, confessou a ação à avó. A psicóloga ressalta que a criança, por meio da atitude, pode estar querendo comunicar algo aos responsáveis.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


"O fato de ela ter matado os animais e os colocado em situação de sofrimento é um sintoma de que não está bem. Quando a criança tem um comportamento disfuncional, a gente fala que é como se fosse um pedido de ajuda para que os adultos olhem para ela", explica a profissional.

Leia mais:

Imagem de destaque
Opções diferenciadas

Massagem, aula de cerâmica e curso de aquarela são dicas de presentes de bem-estar para o Natal

Imagem de destaque
Entenda

Bancos restringem oferta de empréstimo consignado do INSS

Imagem de destaque
Atraso na coleta coletiva

Reciclagem de resíduos chega a 8% no país com trabalho informal, aponta estudo

Imagem de destaque
Crime organizado

Três de cada dez cidades da Amazônia Legal têm presença de facções


Por mais que a sociedade tenha ficado revoltada com a atitude do menino, Milhourini deixa claro que o massacre não pode ser classificado como um crime ou até mesmo um ato psicopático. Porém, há indícios que expressam a necessidade de um tratamento psicológico imediato.

Publicidade


"Quando há esse comportamento violento, pode ser indício de uma situação que provocou muita angústia e sofrimento emocional e que esse sofrimento não foi acolhido. A criança que não tem a oportunidade de entender por que ela sofreu passa a se expressar por meio de ações desajustadas e disfuncionais."


Menino não é um psicopata

Publicidade


Milhourini pondera que o menino que matou os animais em Nova Fátima não pode ser considerado um psicopata. Esse termo foi direcionado a ele por centenas de internautas de maneira errônea, segundo a psicóloga.


"O diagnóstico só pode ser dado depois de uma série de avaliações com médicos, psicólogos e outros profissionais. Entretanto, ao analisar alguns crimes, é possível classificar certas ações como traços de psicopatia e frieza emocional."

Publicidade


Ela ainda ressalta que antes dos 18 anos de idade não é possível fechar um diagnóstico de psicopatia, somente um diagnóstico de transtorno de conduta, em que se percebe algo desajustado que precisa ser tratado. "Isso acontece porque o diagnóstico de psicopatia é muito sério e fácil [de ser dado] para a sociedade. Isso atrai um estigma muito cedo e a criança acaba não sendo cuidada", destaca.


'Psicopatia não é doença e, por isso, não tem cura'

Publicidade


A professora da Unicesumar afirma que psicopatia não é considerada uma doença e, por isso, não tem cura. "É um transtorno de personalidade, um jeito de ser. Quando falamos sobre transtorno de personalidade psicopático, não existe cura. A ciência até hoje não trabalha com a cura para esse tipo de transtorno", explica.


Durante a infância, entretanto, alguns cuidados podem ser tomados para prevenir o transtorno ou até mesmo atrasar o diagnóstico o máximo possível. A atenção da família é de extrema importância em casos como esse.


"Quando a família presenciar casos assim, deve procurar ajuda psicológica. Na avaliação, a família deve participar junto. Na psicoterapia, os familiares serão direcionados sobre os tratamentos e como proceder. É necessário ficar atento."


Leia mais sobre o caso:

Imagem
Menino de nove anos invade clínica veterinária e esquarteja animais no Norte do Paraná
De acordo com informações do tenente Miyasaki, da PM (Polícia Militar), a criança morava com a avó e "fugiu" para cometer o crime.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo