A relação saudável entre pessoas e o ambiente de trabalho é sempre uma prioridade pensada em primeiro plano nos projetos de arquitetura corporativa. Sobretudo em se tratando de escritórios preocupados em produzir projetos atentos às especificidades e normas legais, exigidas pelos órgãos de fiscalização do trabalho. O planejamento de um ambiente ideal para o trabalho, por exemplo, requer determinada atenção detida a critérios importantes, em função de uma série de valores que entram em cena na hora de idealizar os espaços.
Do ponto de vista de quem propõe a composição de espaços físicos, principalmente para empresas nas áreas de inovação, é necessário que o ambiente transmita sensações na medida certa, visando o bem-estar e a tranquilidade entre os colaboradores. "Para uma convivência saudável, os espaços precisam assegurar não somente a identidade da empresa, mas também é preciso levar em conta todas as normas vigentes, aliadas ao menor custo de execução”, destaca Luciana Araújo, arquiteta e sócia da Óbvio Arquitetura.
Sem exceções para regras importantes
A sensação de acolhimento, por exemplo, é tratada como regra básica para transformar locais de trabalho em espaços mais colaborativos e de convivência. Mas para além dos detalhes pontuais que favorecem um ambiente acolhedor, há muitos critérios técnicos envolvidos na escolha dos projetos. "São critérios que obedecem a determinações exigidas por instituições responsáveis pela garantia da qualidade de vida dos colaboradores em termos de eficiência dos espaços”, afirma Luciana.
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Segundo ela, as normas da ABNT estabelecem critérios e parâmetros técnicos a serem observados em relação ao desenvolvimento de projetos, instalações e edificações, quanto às condições de ergonomia e de especificações sanitárias que atendam ao conforto e segurança da equipe de funcionários.
Os padrões ergonômicos visuais, por exemplo, surgem como regras fundamentais para uma boa produtividade. Como a capacidade de percepção e as características e atributos de determinadas tarefas, que influenciam na qualidade das habilidades visuais do usuário e, consequentemente, podem interferir nos níveis de desempenho.
O espaço influencia diretamente no estado emocional, na produtividade, criatividade e na empatia entre os colaboradores. Luciana ainda ressalta que, a depender das condições às quais os espaços são desenvolvidos, é possível que um ambiente mal planejado consiga comprometer a motivação e disposição dos colaboradores, principalmente em havendo inadequação dos projetos conforme as normas estabelecidas pelos órgãos reguladores.
Equilíbrio
Sabendo da importância dos critérios mais técnicos de adequação dos ambientes de trabalho, há também o cuidado de garantir uma qualidade estética agradável, responsável pela boa performance de acolhimento dos espaços em geral. Dessa forma, Luciana conta que o desafio é conciliar as regras de ergonomia aliada a uma boa apresentação visual, e ela ainda destaca a questão da acessibilidade nos orçamentos.
"Quando idealizamos um projeto, precisamos equacionar uma série de fatores para atender o cliente de forma mais assertiva o possível. É necessário atingir um equilíbrio entre preço, design, decoração e praticidade, onde tudo isso funcione em favor da necessidade dos nossos clientes.” aponta Luciana.
A transformação completa dos ambientes voltados para a inovação é um processo comum na rotina de Luciana. É o caso do Grupo Otimiza, do segmento de sistemas de realização e vistoria veicular. Enquanto cliente da Óbvio Arquitetura, o Grupo implementou mudanças significativas na estrutura geral de seu espaço físico. Tudo isso conforme as regras de ergonomia adotadas pela Óbvio. "Quando nossos clientes entendem os resultados proporcionados pelos projetos, fica clara a importância da ergonomia alinhada com uma boa construção estética.”, afirma Luciana.