Um material de divulgação que alerta sobre os riscos e malefícios da revenda ilegal de gás em Londrina foi divulgado nesta segunda-feira (22), elaborado pelo Procon-LD (Núcleo Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor), em parceria com o Sinegás (Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado do Paraná). Uma série de posts serão publicados nas redes sociais do Procon-LD e do Sinegás, que apontam os riscos deste tipo de compra e como evitá-las. Clique para baixar o material.
Estima-se que a cada três revendas de GLP (Gás liquefeito de Petróleo), duas sejam ilegais. Em Londrina há 116 revendas autorizadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). São revendedores com expertise no ramo que podem oferecer ao consumidor todas as garantias do produto.
Segundo o diretor-executivo do Procon-LD, Thiago Mota Romero, como atualmente o preço do botijão de gás chega a 10% do salário mínimo, muitos consumidores recorrem aos revendedores ilegais. “Ao não seguir as regulamentações e normas de segurança, estes revendedores conseguem um preço abaixo do mercado, que pode ser atrativo, contudo acarretam riscos para os consumidores. Por isso, estaremos fazendo esta ação para conscientizar a população”, pontuou.
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Um dos problemas encontrados nesta prática é a origem duvidosa, ou seja, botijões sem lacre, sem a identificação da distribuidora de envase e com cascos amassados. Geralmente, tem origem, qualidade e segurança suspeitas. “Além disso, em média um botijão de gás pesa 28 kg, sendo 15kg do casco e 13 kg de líquido (gás). Revendedores ilegais podem lucrar oferecendo menos conteúdo em cada botijão”, explicou.
De acordo com a advogada do Sinegás, Patrícia Rocha, a revenda de GLP ilegal traz prejuízos para os consumidores, para o município e para todo o estado. “Os revendedores que atuam desta forma não possuem autorização dos órgãos públicos para armazenar e comercializar um produto perigoso como o botijão de gás. Pelo fato de não terem a revenda devidamente legalizada, não possuem local fixo de armazenamento, não emitem a nota fiscal, não garantem o peso correto e nem a origem deste botijão”, afirmou.
“Para atrair os consumidores, estes revendedores ilegais têm o hábito de vender o botijão de gás por um preço muito abaixo do que está sendo praticado no mercado, dando ao consumidor a falsa sensação de economia, mas na verdade o consumidor está trocando a durabilidade, qualidade e segurança do botijão por alguns reais”, comentou a advogada.
A orientação é que as pessoas sigam à risca as informações divulgadas pelo Procon-LD em parceria com o Sinegás. “Não seja mais uma vítima do milagre do preço baixo, valorize o seu dinheiro. Comprar apenas em revendas autorizadas, além e proteger o consumidor, incentiva o empreendedorismo na região e estimula o comércio legal”, enfatizou.
Confira algumas dicas:
– Revendas autorizadas: têm quadro da ANP com os dados da empresa e, no veículo, o adesivo com o número da autorização e nome da revenda.
– Peso: a revenda de GLP deve dispor de balança em funcionamento, aprovada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), para verificar o peso do botijão.
– Aparência do botijão: Nunca compre botijões danificados, amassados ou enferrujados. Deve estar lacrado e conter marca da distribuidora em alto relevo, rótulo com instruções de uso, nome e telefone da distribuidora, mês e ano de fabricação legíveis. Nos requalificados, há uma data de validade ao redor da válvula.
– Preço: pesquise os praticados na sua região. Desconfie de valores muito abaixo da média (média atual de R$ 128 a R$ 130, segundo dados da ANP).
– Peça a nota fiscal: o botijão pode apresentar algum problema depois de instalado e o comprovante possibilita a abertura de reclamações.
Este tipo de prática ilegal pode ser denunciada diretamente no Procon, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, na rua Piauí, 1.117, região central de Londrina. Para ser atendido presencialmente, o Procon mantém o agendamento prévio, por meio do telefone (43) 3372-4823. Também é possível denunciar pelo e-mail [email protected]..