As campanhas dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas para a Presidência da República, começaram na última semana como uma espécie de "guerra santa". Utilizando-se da religião, ambos buscam táticas para atrair o eleitorado.
Termos como "demônios", "diabos", "terrorismo religioso", "Deus acima de tudo" e "fariseus" têm sido utilizados por Lula e Bolsonaro durante discursos pelo país.
De acordo com Elias Wolff, professor de teologia da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), embora o movimento pareça ter ganhado força recentemente, não é de hoje que a religião tem sido utilizada como arma para garantir votos na política.
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"Há um vínculo muito estreito na história da humanidade entre religião e política, porque a religião acaba sendo, desde os primórdios, uma forma de orientar a vida social. Contudo, no momento atual, com o processo de secularização, há uma autonomia da organização social com relação às religiões. Hoje, no nosso tempo, não se justifica mais organizar a sociedade com base a princípios religiosos", disse em entrevista à FOLHA.
Para o teólogo, candidatos têm feito uma leitura errada de determinados princípios religiosos no intento de justificar interesses que não tem nada a ver com religião.
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