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Coceira persistente precisa ser analisada por um especialista

01 out 2020 às 11:00

Tem gente que procura sarna para se coçar, mas, muitas vezes, é a sarna quem encontra a pessoa. E não só ela. Segundo especialistas, a coceira pode ter inúmeras causas, merece atenção detalhada e até mesmo acompanhamento médico, quando o incômodo não desaparece com a passagem do tempo.


Quem pensa que uma coceirinha aqui, outra ali, é um desconforto besta, coisa do dia a dia, pensa errado. "Toda vez que a coceira é importante a ponto de atrapalhar a vida diária ou se torna persistente, um médico deve ser procurado para melhor avaliar e orientar cada caso", afirma a médica dermatologista do Hospital do Servidor Público Municipal da capital, Leticia Arsie Contin.


Segundo a dermatologista, alguns pacientes se coçam tão intensamente que chega a ser algo violento, produzindo feridas pelo corpo.


"Acreditam que as feridas são o problema, quando na verdade elas são apenas consequência de algum problema de saúde ou também de um quadro de ansiedade", afirma.


Coordenadora do Departamento Científico de Dermatite Atópica da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), Marcia Carvalho Mallozi afirma que há diferentes causas da coceira –entre os médicos, esse incômodo é também chamado de prurido. Desde um vírus até algum aspecto psicológico. Ou, até mesmo, por pura imitação. "Se você vê alguma pessoa se coçando, começa a se coçar junto. Pode não ser nada. Já pensou quantas vezes você coça a cabeça por dia?"


O vai e vem das estações também traz consigo a coceira. Quando o tempo esfria e umidade do ar despenca, é comum o surgimento de incômodo na pele. Principalmente entre os mais velhos. "Uma pele seca pode coçar. O idoso tem coceira na pele e nem é por doença. Não descama direito ou descama muito. Às vezes, você nem consegue saber", diz Marcia.

Não é fácil tirar férias das coceiras, porque também no verão elas aparecem. Quando o tempo fecha e esquenta, quem surge são as micoses, dando uma coceira danada entre os dedos.


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