Notícias

Homens são os que mais caem em golpes financeiros

15 jul 2021 às 16:47

Um levantamento do Centro de Estudos Comportamentais e Pesquisas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aponta que nove em cada dez pessoas que caem em golpes financeiros são homens. Em termos gerais, o público que mais atingido são homens, com idade entre 30 e 39 anos (36,5%), pós-graduados (38%) e com renda familiar mensal entre dois e cinco salários mínimos (23%).


As criptomoedas aparecem como o produto de investimento mais citado por quem foi alvo de golpes financeiros, sendo mencionadas por 43,3% dos respondentes. Em seguida, aparecem os demais mercados, como Forex (29,8%), opções binárias (16,9%) e ações (15,2%).


Forex, também chamado de FX, é uma abreviação para Foreign Exchange Market (mercado de câmbio), e funciona por meio da negociação de moedas estrangeiras. O lucro é obtido pela diferença das cotações das moedas.


Opções binárias, também conhecidas pelo mercado como opções digitais ou opções de retorno fixo, são feitas a partir da aposta de uma variação de baixa ou de alta de um determinado ativo, na tentativa de prever o comportamento de preços.


Ainda segundo o levantamento da CVM, o meio de divulgação mais citado para fraude foi o WhatsApp, com 27,5% das menções, seguido pela divulgação boca a boca (19,7%) e por emails e ligações telefônicas (12,4% cada).


Ainda segundo a pesquisa, um quarto das pessoas que caíram no golpe (22,5%) perdeu entre R$ 10 mil e R$ 50 mil (22,5%) para os golpistas. Outros 21,3% perderam entre R$ 1.000,01 e R$ 5.000,01 (21,3%). Os valores perdidos variam de R$ 100 a R$ 100 mil.


Pelo menos metade dessas pessoas afirmaram conhecer o fraudador de alguma forma, seja pessoalmente (28,1%) ou como um conhecido da família ou alguém da mídia (21,9%).


Quando questionados sobre quais aspectos contribuíram para que tivessem caído no golpe, as respostas mais frequentes foram: a aparência do site transmitindo confiança (39,9%), outros familiares/amigos já haviam feito o investimento (38,8%), bom atendimento por parte dos profissionais (35,4%), pequeno investimento exigido (30,9%) e desconhecimento da modalidade do golpe (24,7%).

"Os esquemas diminuíram os exageros, estão mais sofisticados e incorporando elementos que passam mais credibilidade, uma vez que a rentabilidade menos exagerada é percebida como factível pelos entrevistados, que dizem ser um valor possível de ser atingido com uma equipe dedicada e que entenda de mercado financeiro", afirmaram Isabella Pereira e Bruno Bruno, autores do estudo, em relatório.


Continue lendo