Os sintomas da narcolepsia variam de pessoa para pessoa, mas a sonolência excessiva diurna está presente em quase todos os casos. No Brasil, a doença ainda é pouco conhecida e a falta de conscientização sobre o transtorno pode atrasar o diagnóstico em até dez anos, apesar dos primeiros sintomas se manifestarem por volta da segunda década de vida, ou seja, durante a adolescência e o início da idade adulta.
Além da sonolência excessiva diurna, o transtorno também pode apresentar outros sintomas, como os listados a seguir:
•paralisia do sono (dificuldade de se mover por alguns segundos ao acordar ou adormecer);
•cataplexia (episódios reversíveis e repentinos de perda da força muscular, desencadeados geralmente por emoções como surpresa ou raiva);
•sono noturno interrompido (mesmo com a sonolência excessiva durante o dia, à noite, o sono das pessoas narcolépticas é fragmentado).
A narcolepsia afeta até 50 em cada dez mil pessoas, e, ao perceber uma repetição de qualquer um desses sinais, é importante buscar um profissional especializado, pois só uma avaliação médica pode dar o diagnóstico correto para que o tratamento seja iniciado. O diagnóstico acontece após uma conversa entre o paciente e o seu médico, e exames são essenciais na investigação do problema, como a polissonografia (exame não invasivo que avalia a atividade respiratória, muscular e cerebral durante o sono). Algumas lesões cerebrais ou genéticas podem desencadear os sintomas, como sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), tumores ou má formação cerebral.
Tratamento comportamental e medicamentoso
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O tratamento da narcolepsia inclui uma abordagem multiprofissional, podendo ser comportamental, medicamentoso ou uma junção dos dois. A primeira opção se baseia em orientações para o paciente e as pessoas do seu convívio direto, como familiares, orientando uma mudança de hábitos diários e criando novas medidas de segurança, evitando trabalhos em turnos, por exemplo. Novas medidas de higiene do sono também são indicadas. Marcas de colchões especializadas como a Ortobom possuem guias para ajudar seus clientes a criar uma nova rotina de sono que podem ser baixados gratuitamente em sua plataforma. Breves cochilos durante o dia para melhorar o estado de alerta também são indicados nessa abordagem. Já o tratamento medicamentoso envolve o controle de sintomas mais incapacitantes, como excesso de sonolência e cataplexia.
O distúrbio interfere diretamente no bem-estar e na qualidade de vida dos enfermos quando não é adequadamente tratado e investigado, causando prejuízos na atividade laboral, acidentes de trânsito e aumentando os riscos da pessoa desenvolver doenças cardíacas, hipertensão e também patologias como depressão e ansiedade. Por esses motivos, é essencial ter um cuidado e uma atenção especial com a sua rotina de sono e sempre ficar atento aos sintomas. Caso algum deles se manifeste, é necessário conversar com um profissional adequado, para que o distúrbio não coloque em risco sua qualidade de vida.