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Modo de vida não saudável causa 27% dos casos de câncer

Philippe Scerb - Folhapress
25 set 2021 às 15:50
- Pixabay
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O consumo de tabaco e bebidas alcoólicas, obesidade, maus hábitos alimentares e inatividade física explicam mais de um quarto dos casos de câncer no Brasil. Em 2020, 114 mil pessoas desenvolveram um dos 20 tipos de câncer associados a algum desses fatores de risco.


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Mesmo com os últimos avanços na redução do tabagismo, somente o cigarro teria provocado 15,5% dos casos totais de câncer. O excesso de peso e a alimentação não saudável –medida pelo alto consumo de carne vermelha e processada e pela baixa ingestão de frutas, verduras e hortaliças– seriam responsáveis, cada um, por 5% dos casos oncológicos. O consumo de álcool responderia por 4% e a inatividade física por 2,5% dos diagnósticos anuais da doença.

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Esses dados foram encontrados pelo professor do departamento de medicina preventiva da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Leandro Rezende em sua pesquisa de doutorado, em que estimou o número de casos de câncer e de mortes provocadas pela doença que poderiam ser evitados por modos de vida mais saudáveis.

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Ele participou do painel Agentes da Mudança: Como Acelerar o Progresso em Saúde e Controle do Câncer e demais DCNTs (doenças crônicas não transmissíveis), do 8º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer, que ocorreu entre os dias 20 e 24 de setembro.


A pesquisa de Rezende mostrou ainda que a incidência de ao menos cinco tipos de câncer –da laringe, do pulmão, da boca, do esôfago e do colorretal– poderia ser reduzida pela metade por meio de estratégias de prevenção ligadas à promoção de estilos de vida saudáveis.

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No que diz respeito às mortes, mais de um terço daquelas causadas por câncer são atribuíveis à exposição a um desses fatores de risco apontados no estudo. E aqui o principal vilão também é o cigarro, cujo consumo é responsável por 21% dos óbitos por câncer a cada ano. Todos os outros fatores de risco combinados respondem, por sua vez, por 18% das mortes.


Segundo Rezende, "podemos reduzir os casos e as mortes por câncer pela metade no Brasil. Para isso, estratégias de prevenção deveriam se tornar uma prioridade para o Estado e para a sociedade em geral".

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Pedro de Paula, diretor da Vital Strategies, uma organização internacional em saúde pública, chamou a atenção para a necessidade de inciativas intersetoriais para lidar com problemas complexos como o atendimento às doenças crônicas não transmissíveis. Para ele, é apenas por meio da articulação de diversas áreas do Estado, de atores da sociedade civil e de setores privados que poderemos alcançar melhores práticas e políticas públicas ligadas à prevenção e ao cuidado dessas patologias.


O outro convidado do debate foi Bruno Helman, presidente e fundador do Instituto Correndo pelo Diabetes. Em sua apresentação, ele defendeu o "engajamento ativo de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis na formulação, no planejamento, na execução e na avaliação de políticas públicas que lhes dizem respeito".


Helman, que foi diagnosticado com diabetes ao fim do ensino médio e três anos mais tarde desenvolveu depressão e ansiedade, disse que encontrou um propósito na luta em prol das pessoas que têm doenças crônicas, especialmente diabetes e transtornos mentais, e que não tiveram, como ele, pronto acesso a informações, insumos e tratamentos adequados.


De acordo com o especialista, é fundamental, de um lado, que os pacientes se apropriem das suas condições e se tornem protagonistas da luta por seus direitos. De outro, que o Estado entenda que é oneroso tratar pessoas com doenças crônicas, mas que "é mais oneroso ainda gastar com a reabilitação e a aposentadoria precoce dessas pessoas e outros custos decorrentes de potenciais complicações de um tratamento tardio e precário."

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