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Apesar do ganho de peso na pandemia

Paraná registra queda de 98% em cirurgias para obesidade realizadas pelo SUS

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
12 out 2021 às 10:00

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André Kazé / Comunicore
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O Paraná realizou apenas 68 cirurgias para obesidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre janeiro e julho deste ano, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde. Para termos de comparação, no mesmo período em 2019, antes da pandemia, foram realizadas mais de 4,3 mil cirurgias bariátricas no estado, o que representa uma queda de 98,43% no número de procedimentos realizados. Os meses de agosto, setembro e outubro deste ano ainda não foram processados e estão indisponíveis.

Em todo o Brasil, a queda no número de procedimentos bariátricos realizados na saúde pública foi de 86,1%,. Em 2019, em todo o país, entre janeiro e julho, foram realizados 7.154 procedimentos, enquanto no mesmo período deste ano foram apenas 990 cirurgias em todo o território nacional.


Enquanto o acesso à cirurgia para obesidade diminui devido à pandemia, a doença avança. A mais recente pesquisa Diet & Health Under Covid-19, que entrevistou 22 mil pessoas de 30 países, identificou que foram os brasileiros os que mais ganharam peso durante a pandemia. Aqui, cerca de 52% dos entrevistados declararam ter engordado. A média global é de apenas 31%.

"Enquanto isso, os estudos mais recentes apontam uma média de aumento de peso de 6,5 quilos entre os brasileiros durante a pandemia", ressalta o cirurgião do aparelho digestivo e vice-presidente do Capítulo Paraná da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica , José Alfredo Sadowski.

Para ele, o ganho de peso neste período já era esperado, tendo em vista que as pessoas ficaram mais restritas em casa e fizeram menos atividade física. "Além disso, o confinamento fez com que as pessoas ficassem mais ansiosas ou deprimidas e aumentando a ingestão de calorias e bebida alcoólica por exemplo", explica o cirurgião.

Ainda segundo o especialista, o ganho de peso nestes quase 18 meses de restrições pode trazer prejuízos para a saúde no longo prazo e até aumentar os índices de pacientes com indicação de cirurgia bariátrica e metabólica. "Somando-se os pacientes que aumentaram muito de peso e não responderão ao tratamento clínico com os milhares de pacientes que ficaram sem operar devido às medidas restritivas da pandemia, deveremos observar um aumento no número de cirurgias bariátricas nos próximos anos", garante Sadowski.

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O Brasil é hoje um dos países com a mais alta taxa de pessoas com obesidade no mundo. De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, um em cada quatro adultos está obeso. São 29,5% das mulheres e 21,8% dos homens.

A obesidade impacta diretamente na saúde global dessa população. Existe uma série de comorbidades que podem surgir ou se agravar diante do excesso de peso.


Tratamento para obesidade


Hoje, a cirurgia bariátrica e metabólica é considerada o tratamento mais potente e eficaz para o controle da obesidade e doenças relacionadas.

A cirurgia é indicada para pacientes que tentam o tratamento clínico, por mais de dois anos sem sucesso.

A indicação para cirurgia segue os critérios do Conselho Federal de Medicina (CFM), considerando o Índice de Massa Corporal (IMC), idade e comorbidades.

- IMC maior que 40 kg/m² com ou sem comorbidades
- IMC entre 35 kg/m² e 40 kg/m² com alguma comorbidade
- IMC entre 30 kg/m² e 34,9 kg/m² com diagnóstico de Diabetes Tipo 2

Dentre as comorbidades relacionadas à obesidade estão o Diabetes tipo 2, apneia do sono, hipertensão arterial (pressão alta), dislipidemia (colesterol e/ou triglicérides elevados), esteatose hepatica ("Gordura no Fígado"), problemas nas articulações e na coluna lombar entre outras.

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