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Tempo seco e chegada da primavera aumentam número de crianças com doenças respiratórias

14 out 2021 às 17:34

Grandes oscilações de temperatura, pouca chuva, chegada da primavera: esses são alguns dos fatores que colaboram para o aumento de doenças respiratórias. No Pequeno Príncipe, maior hospital pediátrico, isso se reflete nos números de atendimentos a crianças e adolescentes no Pronto-Atendimento. Infecções das vias aéreas superiores, nasofaringite, amigdalite, bronquite aguda, além de tosse, estão entre as situações mais recorrentes na Emergência da instituição. Nos meses de agosto e setembro, foram 3.398 atendimentos só para essas cinco doenças.


“Curitiba é a capital da rinite”, define Lauro Alcantara, chefe do Setor de Otorrinolaringologia do Hospital Pequeno Príncipe. “O organismo não fica insensível às oscilações de temperaturas. E o sistema imunológico de quem sofre com os problemas do trato respiratório reage a essas mudanças repentinas”, explica o médico.


Para se ter uma ideia de como esses problemas afetam crianças, foram registrados 619 diagnósticos de infecção das vias aéreas superiores em setembro, contra 290 em janeiro deste ano. Quadros de faringite aguda também aparecem mais em setembro: 200, enquanto no primeiro mês de 2021 foram 88. A rinite, tão comum entre os moradores da Região Leste do Paraná, teve apenas 37 diagnósticos em janeiro. Já em setembro, esse número saltou para 80.


A rinite pode ter características semelhantes a um quadro gripal: obstrução nasal, espirro e coriza aquosa aparecem nessas crises alérgicas. Já a gripe traz, além desses sintomas, dores no corpo e febre alta, e pode ser grave. “Por isso é importante tomar as vacinas disponíveis: elas ajudam a evitar que as crianças menores e também os mais velhos evoluam para quadros tão severos que possam levar a óbito”, pontua o especialista.


Outros cuidados


Além de estar com as vacinas em dia, evitar o que desencadeia a reação alérgica é outra forma de amenizar os problemas respiratórios. “Um dos grandes alérgenos é o ácaro. Ele se alimenta da poeira e também de pele morta, cabelo e saliva. O travesseiro acaba sendo um depósito para esses seres microscópicos. A sugestão é usar uma fronha que impermeabilize, umidificar o ambiente quando o ar estiver muito seco e manter a limpeza da casa em dia”, orienta Alcantara.

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