No momento em que autoridades de saúde buscam soluções para atenuar os problemas psíquicos, com foco na prevenção do suicídio, a Clínica Psicológica da UEL oferece plantão gratuito e sem necessidade de agendamento prévio para atendimento de casos emergenciais. O serviço é indicado para pessoas maiores de 18 anos que necessitam de apoio profissional para lidar com problemas psicológicos, questões pontuais como o luto, crises de angústia e preocupações com a vida acadêmica e profissional. O plantão é aberto à população segunda à sexta-feira, das 12 às 14 horas. Para a maior possibilidade de atendimento, o serviço também é oferecido em horários estendidos na segunda-feira, das 18 às 20 horas e às quartas-feiras, das 8 às 18 horas. Informações pelo telefone (43) 3371-4237.
O atendimento é realizado por alunos de graduação e pós-graduação do curso de Psicologia da UEL, devidamente supervisionado por professores, com larga experiência em clínica. A diretora da Clínica Psicológica da UEL, professora Maíra Bonafé Sei, ressalta que os atendimentos prestados durante o plantão representam um serviço imediato e emergencial, uma alternativa de acolhimento gratuita à comunidade. O objetivo é ajudar o paciente a encontrar novas possibilidades para enfrentar problemas e indicar vias de encaminhamento de acordo com a situação. "O plantão é um serviço essencial. Às vezes, tudo o que a pessoa precisa é ser ouvida e desabafar imediatamente. Ela não pode esperar para iniciar um processo longo como a psicoterapia", completa ela.
Desde 2015 cerca de 500 pessoas foram atendidas pelo Plantão Psicológico da UEL. Pesquisa realizada entre 2015 e 2016, apontou que 12% dos pacientes atendidos apresentavam quadro de depressão e que 10% tinham ansiedade. Os dados também revelaram que 18% dos atendidos haviam tentado ou pensado em suicídio. Luto, problemas no relacionamento e questões acadêmicas também foram dados considerados relevantes no estudo.
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Outros números - as doenças provenientes de problemas psicológicos apresentam números expressivos no Brasil e no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,8% da população brasileira tem depressão. A ansiedade também é um mal que acomete os brasileiros, segundo a OMS. De acordo com as autoridades de saúde, o atentado contra a própria vida também é reflexo de doenças psicológicas não tratadas.
Em Londrina casos de suicídio pela ingestão de substâncias tóxicas são atendidos pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Hospital Universitário (HU). Segundo dados do Centro, entre janeiro e setembro de 2018, 747 pessoas atentaram contra a própria vida na cidade. O dado, apesar de 11% menor que os 832 casos do mesmo período no ano passado, apresenta um número estável, com oito óbitos nos dois anos.