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Quase um terço faltou

Enem 2021 tem o menor número de participantes desde 2004

Folhapress/Paulo Saldaña
30 nov 2021 às 15:24
- Tomaz Silva/Agência Brasil
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O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2021, realizado nos dias 21 e 28 de novembro, registrou 29,9% de faltosos. Dos 3,1 milhões de inscritos esperados, 930 mil não compareceram ao exame.


Fizeram de fato o Enem 2.179.559 pessoas. É o menor número de participantes desde 2004, quando a prova funcionava apenas como uma avaliação.

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Dessa forma, este foi o menor número de inscritos desde que o Enem é usado como acesso ao ensino superior. A partir de 2005 o exame passou a ser usado para o ProUni (Programa Universidade para Todos) e, em 2009, ganhou o formato atual e tornou-se vestibular para a maioria das universidades federais.

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O gabarito oficial das provas deve ser divulgado até quarta-feira (1º). Já os resultados dos participantes estarão disponíveis em 11 fevereiro de 2022.

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Os dados foram divulgados na tarde de segunda-feira (29) em entrevista coletiva concedida em Brasília pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, e pelo presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Danilo Dupas Ribeiro.


Na prova impressa, a abstenção foi de 29,5%. Já na aplicação digital, que teve 69 mil inscrições confirmadas, a taxa de faltosos foi de 50,1%.

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Na última edição do exame, mais da metade faltou. A prova havia sido realizada em meio ao aumento de casos de Covid-19 no país.


Apesar da baixa participação, o ministro da Educação classificou a aplicação como um sucesso. Ribeiro voltou a fazer menção a críticos, como deputados de oposição, que cobraram resposta do governo Jair Bolsonaro (sem partido) resposta sobre a crise que atinge o Inep, responsável pela organização do exame.

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"Creio que não é hora de tripudiar sobre nada e ninguém. Mas dizer para a sociedade brasileira, a educação brasileira saiu ganhando", disse o ministro. 


"Como era previsto e nos havíamos dito, a questão do Enem haveria de ter toda seriedade e competência, que é própria dos servidores do MEC, dos Correios e da nossa Polícia Federal", disse.

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Às vésperas do início do Enem, servidores do Inep, órgão responsável pela elaboração da prova, fizeram uma série de denúncias sobre assédio moral que sofreram para suprimir perguntas com temas considerados inadequados pela gestão do órgão.


O ministro voltou a dizer que não houve pressão para interferir na prova, em contraste com declarações dele mesmo. O ministro repetiu em várias oportunidades que não permitiria questões consideradas inadequadas e prometeu que olharia a prova pessoalmente, e depois recuou.

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"Quando percebi que a possibilidade de ter acesso às questões da prova iria trazer muito mais prejuízo que benefícios, eu simplesmente dei passo atrás", disse ele durante a entrevista nesta segunda.


Mas a frase contraria até iniciativas que já vieram à tona. Em junho deste ano, o jornal Folha de S.Paulo revelou que uma portaria do Inep estabelecia uma espécie de "tribunal ideológico", com a criação de uma nova instância permanente de análise dos itens das avaliações da educação básica. 

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O documento falava em não permitir "questões subjetivas" e atenção a "valores morais" mas foi engavetado após má repercussão.


O Enem é a principal porta de entrada para o ensino superior. Esta edição já começou marcada por receber o menor número de inscrições dos últimos 14 anos, além registrar a menor proporção de inscritos pretos, pardos, indígenas e pobres.


Outros 280.145 inscritos farão o Enem nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022, nas datas da reaplicação do exame (para eventuais casos de falhas na aplicação, como falta de energia, ou para quem comprove ter contraído Covid-19) e da aplicação para pessoas privadas de liberdade.


O grupo faz parte dos inscritos que conseguiram se inscrever com isenção após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). O governo havia se recusado a liberar isenções aos faltosos da última edição, realizada em momento crítico da pandemia.


Nestes mesmo dias farão o exame candidatos prejudicados na aplicação por algum motivo de força maior, como os jovens do complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, que perderam o primeiro dia do Enem por causa da operação da Polícia Militar que deixou nove pessoas mortas.


A solicitação pode ser feita a partir desta segunda até 3 de dezembro, na página do participante.

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