O estudante de Direito da UEL (Universidade Estadual de Londrina) Otávio Zucoli Zanardi vai representar o Brasil na Assembleia da Juventude da ONU (Organização das Nações Unidas) nos dias 10 a 13 de agosto, em Nova Iorque. Ele busca agora, na internet, levantar os recursos para pagar a passagem e a inscrição no evento que custa US$ 200 (pouco menos de R$ 400). No total, ele pretende levantar R$ 4 mil, principalmente para custear os bilhetes de ida e volta.
O evento, voltado para jovens entre 16 anos e 24 anos de todo o mundo, é focado na discussão de temáticas sociais e ambientais, calcados nos 17 Objetivos Sustentáveis da ONU. No evento, eles poderão contar as experiências que passam em seus países e debater soluções para levar de volta para casa, na expectativa de construção de um mundo melhor.
Para participar, Otávio passou por um processo seletivo de duas etapas com jovens de todo o Brasil e ele soube da aprovação há três dias. O universitário afirma que quer debater o preconceito racial, uma prática ainda persistente na sociedade brasileira e da qual ele próprio já foi vítima. "Teremos tempo para fazer perguntas aos palestrantes e eu quero saber como combater o racismo num país de terceiro mundo, como acabar com a desigualdade. Quero saber o que eu posso fazer pelo meu país", afirma.
Leia mais:
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Governo poderá decidir futuro de colégios que não registrarem quórum mínimo em votação
Após reforma e ampliação, Londrina entrega Escola Municipal na Zona Norte
Estudante de Rolândia vai jantar com Lula e representar o Paraná em evento nos EUA
Otávio conta que sempre teve interesse sobre temáticas sociais, participando de debates em salas de aula e questionando-se o que provocam as desigualdades do mundo. "E o que mais me intriga é que eu, como negro, já passei por episódios de preconceito racial e conheço várias pessoas que passam pelo mesmo problema", relata o jovem, que participa de um coletivo de jovens negros na UEL. "São reuniões semanais em que os membros relatam coisas pelas quais passaram, de racismo na universidade, em entrevistas de emprego", diz.
Até o momento, Otávio conseguiu arrecadar cerca de R$ 500. Quem puder ajudar, pode acessar o link da vaquinha.