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Estudantes que pediram reaplicação do Enem devem prestar atenção aos estudos mas também às emoções

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
15 fev 2021 às 14:56
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A edição do Enem 2020 registrou o maior índice de ausência da história do exame. Dos mais de 5,5 milhões de candidatos inscritos, 51% se ausentaram na prova do primeiro domingo (17 de janeiro) e outros 55,3% não compareceram para realizar a segunda prova, no dia 24. O Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais), realizador do Enem, prevê o direito de reaplicação da prova para aqueles que justificarem a ausência por motivos de saúde - como o diagnóstico de Covid-19 ou outras doenças contagiosas - e também para os candidatos que não conseguiram realizar a prova porque tiveram algum problema de logística - como salas lotadas ou falta de energia elétrica - em um ou ambos os dias do Enem.


É certo que uma parcela enorme destes estudantes que se ausentaram para as primeiras provas deverá fazer a reaplicação, a ser realizada nos dias 23 e 24 de fevereiro. O cenário, bastante atípico por conta da pandemia, trouxe enormes desafios para os jovens que precisaram se adaptar para continuar estudando e se preparando para o exame.

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E para esses estudantes que não conseguiram realizar as provas do Enem nesta primeira fase de aplicação, o ano de 2020 parece não ter fim. Para a coordenadora editorial do Ensino Médio do Sistema Positivo de Ensino, Milena Lima, o cenário aparentemente desfavorável não deve servir como fator de desmotivação para o estudante. "Sabemos que muitos estão exaustos, querem encerrar logo esse ciclo de provas e exames, mas agora é hora de focar nessa segunda oportunidade que eles ainda têm. A aprendizagem depende também da disposição para se aproveitar as chances que temos, então os estudantes precisam continuar firmes e estudando até que essa etapa esteja de fato encerrada", reforça Milena.

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Para a educadora, o importante para este período a mais de estudo é avaliar com atenção as provas da primeira aplicação. "O estudante deve olhar com muito cuidado para isso, é claro que a reaplicação vai trazer questões diferentes, mas as primeiras provas já dão um sinal para o candidato. Nós tivemos nesta edição do exame uma prova muito mais conceitual e a reaplicação deve seguir com a mesma proposta. Então, a recomendação é que o aluno tente resolver em casa todas as questões das provas aplicadas nos últimos domingos e preste atenção nos temas que caíram porque eles devem reaparecer", afirma.

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Outra estratégia destacada por Milena é a de, durante essas semanas de estudo, fazer um revezamento dos assuntos e disciplinas. "Na hora de fazer essa revisão, vá intercalando os conteúdos para não cansar e não desmotivar. Sugiro revisar uma disciplina que  tenha mais dificuldade ou não domine tanto, aí coloque, na sequência, algum conteúdo que tenha mais afinidade, assim não fica tão maçante", indica a especialista.


Encontrar motivação para essa reta final é uma das principais dificuldades dos estudantes. Para a assessora pedagógica Juliana Landolfi Maia, é preciso olhar com cuidado para a saúde emocional destes jovens. "Sabemos que os adolescentes são muito mais vulneráveis com relação a mudanças e acontecimentos que possam afetar as suas emoções, essa é uma faixa etária que não tem tanta facilidade para lidar com o estresse", alerta a educadora. Juliana é uma das pesquisadoras do projeto Fique Bem, que fez um levantamento, durante a pandemia, com 115 escolas em todo o país e apontou que 74% dos adolescentes entrevistados apresentavam nível elevado ou moderado de estresse. "Realizado pelo Sistema Positivo de Ensino, em parceria com a PsiCOVIDa, o projeto foi importante para entender o impacto da pandemia na cabeça desses jovens e buscar formas de minimizar isso. Esses estudantes que vão fazer a reaplicação, muito provavelmente já vêm de um período crítico de estresse e cenário adverso, por isso a necessidade de se olhar com muita atenção para o estado emocional deles neste momento", adverte Juliana.


A primeira recomendação da educadora é que o estudante, mesmo voltando a encarar uma rotina de estudos, procure encontrar momentos para descansar a mente e o corpo. "Para manter o foco, é importante que o cérebro também tenha seus períodos de descanso. O estudante deve cuidar da alimentação neste período, manter-se bem hidratado e com uma boa rotina de sono", orienta.

A família também tem um papel fundamental, segundo Juliana. "O estudante deve praticar o autocuidado, mas, neste período, ele também precisa que a família ofereça o suporte emocional e logístico. É importante ter sempre um adulto ajudando esse jovem a comer adequadamente, fazer as pausas necessárias e também dormir nos horários certos", acrescenta. E para garantir que no dia da prova o candidato esteja bem - física e emocionalmente -, Juliana ainda sugere que o estudante crie, neste período de preparação, estratégias para controlar a ansiedade, como exercícios respiratórios, meditação e outras atividades que produzam relaxamento.


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