Pela primeira vez, os cursos a distância no país receberam mais matrículas do que os presenciais, tanto na rede pública quanto na privada, em 2020, segundo o Censo da Educação Superior 2020, divulgado na última sexta-feira (18). Flexibilidade de estudo e mensalidades mais baixas são os principais benefícios para quem procura pela modalidade EAD.
Conforme o Censo, em 2020 houve mais de 3,7 milhões de ingressantes em instituições públicas e privadas. Mais de dois milhões (53,4%) optaram por cursos a distância e 1,7 milhão (46,6%), pelos presenciais.
Em 2020, 3,7 milhões de estudantes começaram uma faculdade. No mesmo ano, mais de 8,6 milhões de matrículas foram registradas das quais 1,2 milhão são de concluintes. Conforme o Censo, existem 2.457 instituições de educação superior no Brasil. Dessas, a maioria, 2.153 (87,6%), é privada e na rede pública o total é de 304 (12,4%).
Leia mais:
Câmara aprova proibição de celulares em escolas do país
La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência
Paraná pode ter 95 colégios dentro do programa Parceiro da Escola a partir de 2025
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Para o diretor-presidente da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior), Celso Niskier, o resultado mostra a força da educação a distância, o investimento do setor em tecnologia e a melhor aceitação da sociedade a essa modalidade. "Com isso, nós ganhamos mais flexibilidade e mais alcance para educação superior”.
Cursos EAD mais procurados
Segundo o Censo da Educação Superior 2020, os cursos a distância mais procurados pelos estudantes tanto na universidade pública quanto particular são:
Censo da Educação Superior
O Censo da Educação Superior é realizado anualmente pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O documento traz dados sobre as instituições que ofertam cursos de graduação e sequenciais de formação específica.
O Censo subsidia a formulação, o monitoramento e a avaliação de políticas públicas da educação superior e contribui para o cálculo de indicadores de qualidade como o CPC (Conceito Preliminar de Curso) e o IGC (Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição).