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Novas variantes

Pesquisadores da Unicamp criam modelo para prever mutações da Covid-19

Redação Bonde com Agência Brasil
17 ago 2021 às 17:23
- Reprodução/Pixabay
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Quanto mais o novo coronavírus circula, maior a chance de ocorrer uma mutação genética e o aparecimento de novas variantes que podem prolongar e agravar a pandemia de covid-19. Um estudo de pesquisadores do Instituto de Física da Unicamp (Universidade de Campinas) simula o processo de replicação do vírus para compreender suas variações.


Os resultados do estudo conduzido por Vitor Marquioni e Marcus Aguiar foram publicados na revista científica Plos One.

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No artigo, os autores ressaltam a importância da vacinação como estratégia para diminuir o surgimento de novas cepas. Segundo eles, as populações que não estão sendo vacinadas e os grupos sociais que se recusam a receber a vacina favorecem o aparecimento de variantes. Os autores fazem ainda um alerta: se o problema não for resolvido urgentemente, a pandemia pode ter um novo pico em escala global.

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O trabalho foi financiado com recursos da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

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Modelo - O modelo desenvolvido pelos físicos é baseado em quatro variáveis: as pessoas classificadas como suscetíveis, que podem ser infectadas pelo vírus; as expostas, que estão infectadas mas não infectam outras; as infectadas que podem transmitir a doença para outras; e as recuperadas que não podem mais ser infectadas. O método, conhecido na epidemiologia pela sigla em inglês Seir (Susceptible - Suscetível; Exposed - Exposto; Infectious - Infectante; e Recovered - Recuperado), é uma simplificação do cenário para que as possibilidades de mutação e surgimento de variantes do coronavírus possam ser medidas.


Além disso, uma parte do modelo tenta acompanhar as possibilidades de variação da cadeia de RNA, material genético do vírus.

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"Nós comparamos os nossos resultados com a inferida evolução genética da Sars-CoV-2 no começo da epidemia na China e encontramos uma boa compatibilidade com a solução analítica do nosso modelo”, destacam os pesquisadores no artigo.


Reinfecções - Os cientistas lembram no trabalho que o surgimento de novas cepas a partir das mutações do vírus está ligado aos casos de pessoas que são infectadas mais de uma vez. "Entender os mecanismos de mutação e variabilidade dos vírus é da maior importância para antecipar desafios futuros, como o surgimento de outras cepas infecciosas ou a perda de imunidade”, ressalta o artigo.


Foram analisadas as mudanças genéticas dos vírus no andamento da pandemia em localidades diferentes. Assim, o modelo mostrou que quando há pouca conexão entre regiões, a diferença genética entre os vírus presentes nessas áreas tende a ser maior. Desse modo, "é esperado um aumento no risco de reinfecção nos contatos entre viajantes em territórios distantes”, enfatizam os autores nas conclusões do estudo.

O que mostra, de acordo com os pesquisadores, que a pandemia, com espalhamento da doença por diversas partes do mundo, aumenta muito as chances de variantes que sejam capazes de infectar mais de uma vez a mesma pessoa do que em uma simples epidemia, localizada em um determinado território.


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