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Estudo analisou 88 pacientes

Trabalho da UEL sobre sintomas persistentes da Covid-19 é premiado em evento estadual

Redação Bonde com Agência UEL
20 jul 2021 às 17:34
- Reprodução/Pixabay
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O trabalho "Qualidade de vida e persistência de sintomas após seis meses da infecção por Sars-Cov 2” foi premiado no eixo de Promoção, Prevenção e Vigilância do 6º Prêmio Inova Saúde PR. O prêmio é promovido pelo Inesco (Instituto de Estudos em Saúde Coletiva) do Paraná. O trabalho faz parte do projeto de pesquisa "Qualidade de vida e persistência de sintomas após seis meses da infecção por Sars-Cov 2”, desenvolvido desde outubro de 2020 por professores e graduandos do curso de Fisioterapia, do CCS (Centro de Ciências da Saúde) da UEL (Universidade Estadual de Londrina).


O trabalho, desenvolvido por 11 estudantes, quatro professoras e profissionais da Secretaria de Saúde de Londrina (que forneceram os contatos dos pacientes para a pesquisa), analisou o desenvolvimento de sintomas persistentes da Covid-19 em 88 pacientes leves nos seis meses após a infecção. A partir da coleta de informações por um formulário do Google Forms, enviado por WhatsApp, os estudantes coletaram os principais sintomas evidenciados pós-Covid. Foram entrevistados pacientes de 28 a 45 anos (média de idade de 34 anos), sem doenças crônicas ou problemas de saúde anteriores, com 58 participantes mulheres (65%).

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Limitações funcionais leves - De acordo com a coordenadora do projeto e professora do Departamento de Fisioterapia, Celita Salmaso Trelha, após seis meses, 42 (47%) pacientes relataram sentirem os seguintes sintomas persistentes: fadiga (26,1%), desânimo (13,6%), dor de cabeça (12,5%), irritabilidade (12,5%), dor no corpo (10,2%), perda de olfato (10,2%) e perda de paladar (9,1%). "Boa parte dos pacientes relatou problemas leves e somente 8,5% deles foram hospitalizados. É importante lembrar, também, que esses sintomas não podem ser derivados de outras condições, pois pacientes jovens não costumam ter problemas crônicos”, afirma Celita.

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Do total de 88 pacientes, 37 deles (42,4%) relataram problemas leves ou muito leves. Em relação à qualidade de vida, 32 deles (36,4%) afirmaram sentir dores ou mal estar e 46 (52%), sintomas de ansiedade e depressão. Quanto aos últimos, Celita é cautelosa. "Ainda não é possível afirmar que eles têm um quadro de ansiedade ou depressão. Diagnosticamos os sintomas persistentes, mas é necessário avaliar com psicólogo”, explica.

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Além de Celita, escreveram o trabalho as professoras Larissa Laskovski Dal Molin, Michelle Moreira Abujamra Fillis e Josiane Marques Felcar e as estudantes Laura Gozzo Oliveira e Anna Carolina Pereira Lawin. Além de participar da premiação, o grupo também ministrou dois minicursos durante o Prêmio Inova Saúde: "Avaliação clínico funcional de pacientes pós-Covid-19 na Atenção Primária” e "Reabilitação no paciente Pós-Covid-19”.


Doença multissistêmica - Segundo Celita, a pesquisa evidencia alguns problemas que poderão se agigantar no futuro em relação à Covid-19: por ser uma doença multissistêmica – ou seja, que ataca vários sistemas do corpo humano -, a recuperação tende a ser mais complicada. "É uma doença que exige reabilitação com fisioterapeuta, educador físico, psicólogo, entre outros profissionais. Ainda há uma série de sintomas menos frequentes que não entraram no escopo”.

O reflexo do pós-Covid pode prejudicar, também, os sistemas de atendimento. Além de sobrecarregar as UTIs e enfermarias com os infectados, os locais de tratamento pós-infecção tendem a sofrer um aumento de pacientes por conta da reabilitação lenta e gradual. "Com o tempo, podemos observar esse aumento nas clínicas de fisioterapia e de muitas outras especialidades”.


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