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No Paraná

O boi que deu início ao carnaval

Redação Bonde com assessoria de imprensa
13 jul 2010 às 13:09
- Guilherme de Souza/Divulgação
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Com um boneco feito de madeira de mangue, tecido branco e um crânio de boi, Bedenaque Luís Pedro iniciou o primeiro grupo de boi-bumbá de Antonina, em 1920. Segundo Lídia Luís Pedro, filha de Bedenaque, esse foi o começo do carnaval de Antonina, evento que hoje reúne milhares de pessoas na cidade. Lídia, a uma semana de completar 80 anos, lembra que desde os oito já participava dos desfiles como baliza, aquela pessoa que faz evoluções na frente dos blocos carnavalescos.

O pai de Lídia faleceu e a administração do grupo foi transferida para o filho, que por sua vez a passou para a irmã Laura, que nomeou presidente a irmã Lídia. Hoje quem administra o bloco não é mais da família, é Lauro dos Santos, o atual presidente do bloco. Ele diz que as pessoas entram no grupo porque gostam muito da tradição e têm recordações da infância. "Esse tipo de coisa não pode ter modernização, senão perde as características que as pessoas conheceram quando criança", defende ele.

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O nome original do grupo era Boi Barroso, mas dois anos depois de seu início foi rebatizado de Boi do Norte. Em 2007 o grupo se dividiu em dois: uma parte manteve o nome Boi do Norte, enquanto a outra recuperou o antigo nome de Boi Barroso e ficou com a sede no centro da cidade. Hoje o primeiro está temporariamente na estação ferroviária de Antonina, onde a vice-presidente Alexsandra Torres pode ser encontrada costurando figurinos para o carnaval e eventos que acontecem durante o ano. Ela conta que o boi sai às ruas para fazer a apresentação folclórica do boi-bumbá ou que diferentes temas são explorados. Quando são convidados por escolas para fazer apresentações para os alunos, um tema específico como o meio ambiente geralmente é definido. O bloco é composto por 40 pessoas durante o ano, mas durante o carnaval tem cerca de 300 pessoas.

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Alexsandra acha graça nas pessoas que se referem ao grupo do Boi do Norte como "boi pobre", já que convida moradores de rua e catadores de material reciclável para desfilar no carnaval. "O dia do desfile é aquele em que todos são iguais, quem assiste não consegue diferenciar quem é rico ou quem é pobre", descreve ela. Lauro argumenta que o bloco não existe só no carnaval: "É no ano inteiro, a gente faz muito trabalho voluntário, fazemos isso por amor e não cobramos nada de ninguém. O grupo já é do povão". Além de ser presidente do grupo de boi-bumbá, Lauro é presidente da associação de moradores do bairro, é funcionário da prefeitura e tem uma barraquinha de cachorro-quente.


Oficina de Cantinas e Danças Populares
Dodô Bertone, ministrante da oficina "Cantigas e danças populares", conta as diferenças entre o boi-bumbá e o bumba-meu-boi. "O bumba-meu-boi é tradicional do Maranhão e apesar de ter vários personagens em comum, é diferente das outras histórias de bois do sul do país", compara ela. Alguns dos personagens que se repetem são o médico, a enfermeira, o palhaço, além do boi. Mas a principal história do Maranhão é sobre Catarina, empregada de uma fazenda que sente desejo de comer a língua do boi favorito do patrão. Ele recusa o pedido de matar o animal, e ela e o marido roubam o animal para lhe cortar a língua. O dono o encontra desfalecido, e tenta acordá-lo com a ajuda do médico e da enfermeira. Esse boi também renasce quando escuta música.

A oficina vai trabalhar vários tipos de dança popular por meio do estudo da história e dos passos das danças, e vai tratar do folclore dos bois na quinta e sexta-feira da semana do Festival.


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