Você já ouviu falar sobre os Labubus? Parte brinquedo, parte acessório de moda, o boneco de pelúcia da Pop Mart, da China, vem ganhando espaço nas redes sociais e na lista de desejos de crianças e adultos nas últimas semanas.
Com orelhas pontudas, olhos grandes e dentes afiados, os bonecos foram criados pelo artista e ilustrador Kasing Lung, que se inspirou no folclore nórdico para criá-los. Embora o sucesso seja recente, a história dos monstrinhos Labubus teve início há dez anos, quando foram lançados três livros ilustrados pelo artista. Em 2019, a Pop Mart, loja chinesa focada na venda de brinquedos colecionáveis, assumiu a produção dos bonecos.
VOCÊ PODE GOSTAR DE LER
Leia mais:

Prefeitura de Arapongas entra na trend do 'Bobbie Goods' e faz sucesso nas redes

'Cornos' de Londrina e Arapongas ganharão lanche de cortesia na semana dos namorados

Tubarão no Igapó e meteoro na Catedral de Londrina? Testamos a nova IA do Google

'Freiras do beatbox' paranaenses já haviam viralizado por 'perrengues' com Kombi
O grande apelo do brinquedo-acessório está no momento da aquisição: o consumidor compra um produto sem saber qual versão irá receber, a famosa caixa-surpresa, as “blind boxes”. Agora, em 2025, a tendência explodiu de vez no Brasil.
Ariana Hernandes, é proprietária de uma loja no shopping na região central de Londrina. Ela conta que a febre em torno do brinquedo aqui no Brasil chegou recentemente às prateleiras, e que a procura pelos bonecos acontece tanto por adultos quanto por crianças: “Os Labubus têm vendido muito bem, o que me impressiona, já que não são vendidos por um preço tão acessível assim. Chegaram 80 bonecos e restaram só seis; agora vamos repor mais cem no estoque. Eles são usados principalmente como chaveiro , então vejo tanto adultos quanto crianças interessados”.
Falando em números, em 2024, as vendas de Labubus geraram mais de 3 milhões de yuan, a moeda chinesa, representando 23% da receita total da Pop Mart. Vídeos de unboxing, dicas de moda usando o boneco como acessório e sugestões de customização dos Labubus estão em alta nas redes sociais, sobretudo no TikTok, onde a hashtag Labubu (#labubu) já conta com mais de 1,5 milhão de postagens. Influenciadoras como Virgínia Fonseca apostaram na tendência, gravaram unboxings e postaram fotos utilizando sua nova aquisição.
A estudante de moda Rebeca Godoi admite que se interessou pela tendência, mas acabou perdendo o interesse: “Sempre gostei dessa associação do fofo ao grotesco, e até ligada ao gótico de forma divertida, mas quando vi que viralizou, perdi o interesse, o que me surpreendeu, já que nunca fui de recusar algo que tinha vontade só porque muitas pessoas estavam usando. O que me desinteressou foi o que a tendência começou a significar, que foi a parte mais desgastante do consumo. Não chega nem a ser um problema por ser só um objeto estético e não ter utilidade, mas a necessidade das pessoas de fazerem parte de algo é tão forte que elas se apropriam de estéticas que nem as agradam só para se sentirem pertencentes a uma tendência”, explica a estudante.
LABUBU OU LAFUFU?
O monstrinho é bem difícil de encontrar no Brasil, já que a Pop Mart não vende oficialmente no país. Para conseguir um boneco original, é preciso recorrer a importações, e uma pelúcia custa, em média, R$ 300.
Pensando na dificuldade para conseguir os bichinhos, o mercado se adaptou e versões piratas foram criadas: os Lafufus. Para identificar um falsificado em relação a um original, a forma mais prática é verificar um código QR localizado na parte de trás da caixa do Labubu e na etiqueta do produto. Outra forma de identificação é pela embalagem: a caixa original da Pop Mart mede 15 cm de altura. Se for menor do que isso, é provável que o produto seja falsificado.
*Sob supervisão de Patrícia Maria
Leia também:
