Santos - Willian Arão se emocionou na apresentação oficial pelo Santos. A voz de Willian Arão embargou ao ser apresentado por Clodoaldo, ídolo do Santos, na Vila Belmiro. O reforço citou o pai e as lembranças de Pelé na entrevista. "Fico emocionado, embarga a voz. Vestir a camisa do Clodoaldo, do Pelé. Desde pequeno meu pai conta histórias e mostra vídeos", disse.
O volante de 33 anos também projetou a estreia, falou de Neymar e elogiou o elenco. Ex-Panathinaikos (GRE), ele assinou até dezembro de 2026.
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Leia a seguir a entrevista com Willian Arão:
Está pronto?
"Readaptação não, preciso de tempo. São três anos sem férias, só recessos. Essas foram as primeiras férias de verdade, descansei. Agora é recondicionamento, ritmo, conhecer os companheiros e aí estarei pronto para ajudar o Santos".
Por que o Santos?
"Porque é o Santos, time grandíssimo, história riquíssima. Com projeto ambicioso de reestruturação. Recebi diversas ofertas do Brasil e de fora e achamos que aqui era a melhor opção".
Volante ou zagueiro?
"Sou primeiro volante, é onde acho que tenho meu melhor desempenho. Mas estou aqui para ajudar o Santos. Se por motivo ou outro quiser me colocar como zagueiro, lateral ou atacante, vou fazer meu melhor para ajudar".
Visão do elenco
"Cedo para falar, treinei quarta e quinta com o time. Mas vejo muita fome, muita vontade, muita força para dar volta por cima, se empenhando ao máximo na academia, preparação física, tático. São garotos espetaculares. É cedo para o Willian falar, são dois dias, mas todos trabalhando no limite para chegar no jogo e chegar na melhor forma física, técnica e mental. Com todos no ápice, os melhores resultados virão".
Qual Willian Arão chega ao Santos?
"Somos seres humanos em constante evolução, sou um jogador melhor que saiu. Mas não posso falar, tenho que provar. Meus números provam que sou um jogador sem lesão, espero que continue assim. Joga sempre, campeão de zagueiro e volante, com regularidade boa no desempenho. É o Arão que chega e foi assim em todos os lugares. Taticamente, igual. A passagem na Europa acrescentou ao meu conhecimento de jogo. Agora é se enquadrar no que o treinador pede, os movimentos, isso muda de treinador para treinador, adaptar e conhecer os companheiros e ajudar com a minha experiência e características".
Neymar
"Pesa um pouco na decisão, mas não tem influência grande. Ele é grande jogador, craque, e venho para jogar no Santos com Neymar. Espero que joguemos juntos por muito tempo, com muitos títulos".
Jogaria domingo?
"Não fujo da raia, mas não posso mentir. Não estou no melhor momento. Último jogo foi 11 de maio, praticamente dois meses sem treinar, só em casa. Tive longa pausa, eram três anos sem férias. Tinha que descansar, tive que parar por causa de uma dor ou outra. Tenho que ter ritmo de campo, de jogo. Se o Cleber disser que precisa, vou estar pronto e não vou me esconder, não".
Garotos da base e Zé Rafael
"Com exemplo. A maior forma de influenciar é com exemplo, não falando. Mostrar o trabalho no dia a dia e eles vão ver que eu faço e vão ser influenciados positivamente. Depois conversando, entendendo o que precisam e se posso ajudar se eles derem abertura. Já conversei com alguns garotos, passei um pouco da minha experiência, algumas opiniões. Parte do Willian como dos meninos, de todos eles. A maior influência é o exemplo. Eles vão ver e querer seguir".
"O Zé é um grande jogador, Pituca, João e Rincón também, Neymar por dentro... Todos são grandes jogadores. Vamos nos entender a cada treino, a cada movimento. Nunca joguei com nenhum deles. No Schmidt joguei na base do São Paulo há muito tempo. Vou mostrar como penso o jogo, me adaptar a eles para uma dupla ou um trio".
Qual a meta do Santos?
"Cheguei tem dois dias. Essas conversas eu não tive nem escutei. É pré-temporada, tentando melhorar para o time todo se enquadrar no que o treinador pede. Dito isso, o Santos sempre brigou por título. O lugar não é a 15ª colocação. Na história recente não ganhou, mas em 2016 foi segundo, 2019 em segundo... Sempre perto. A gente pensa no próximo jogo. Não dá para mencionar nem prometer nada ao torcedor até dezembro. Ninguém pode. Tem muita coisa para acontecer. São intercorrências no caminho, lesões, contratações. O nosso foco é o próximo jogo e ganhar os três pontos, passo a passo. Sem pular etapa e adversário. Os três pontos do Palmeiras valeriam os mesmos do Vitória ou Ceará".
Aprendizado na Europa
"Difícil pontuar uma coisa ou duas. Entendimento de jogo, leitura tática, conversar com outros jogadores e entender a percepção. Me acostumei a jogar sob pressão. E eu pensei que só daria para ganhar em pressão e no risco. E depois percebe que há outras formas. Jogando baixo, linha média, ganhar sofrendo. Isso me fez uma pessoa melhor, um jogador melhor. Tática, física, mental".
Principal característica
"Organizar mais o time, equilíbrio no ataque e defesa. Cobertura de laterais e zagueiro. Organizar meio defensivo e ofensivo, entender o que o treinador pede. E os companheiros também esquecem um movimento, um posicionamento, e tenho que ser essa pessoa para relembrá-los. E companheiros para me orientaram também. Um time mais equilibrado aproxima de ter futebol melhor e de ganhar. Já tive jogos e treinadores que não ligavam para nada disso. Quem pega esse cara? O mais próximo e a gente ganhava mesmo assim. Mas um time mais equilibrado, coeso, sabendo o que cada um faz, tem mais chance de ganhar".
Mentalidade vencedora e conversa com Cleber Xavier
"Com a minha experiência, o exemplo demonstra. Sou muito competitivo. Gosto de puxar mesmo os companheiros, se tiver que brigar eu vou brigar, já briguei muito e em campo, como o Filipe Luís contra o Grêmio. Quero ganhar, certo ou errado. Vou ajudar, não sou salvador da pátria, eles vão me ajudar também".
"Falei com o Cleber Xavier, o Santos tentou me contratar algumas vezes, desde janeiro. São meses de conversa comigo, o Alexandre Mattos também, o Pedro Martins antes. Cleber e Matheus me ligaram, Fabio.... Falei com o Cleber e isso pesa na hora de decidir".
Jogo posicional na Europa
"Aprendemos com cada treinador, que influencia bem ou mal. Todos têm algo a ensinar taticamente. O Cleber vai passar algo, posso dizer que passei por isso e resolvi assim. O que acha? Normal. Podemos apontar solução ou visão. No final vamos fazer o que ele manda, os movimentos que ele manda. A troca é muito importante. O Neymar também, os mais velhos e os mais novos têm chance de falar e ajudar".
Análise preliminar do elenco
"Se todo mundo jogar no seu melhor, temos bons jogadores. Contra o Botafogo aqui na Vila, campeão da Libertadores e Brasileiro, fez um grandíssimo jogo e perdeu por 1 a 0. Temos capacidade de enfrentar esses times, mas vence no fim de tudo. Os três pontos dão mais confiança. Com todos no seu mais alto nível, temos capacidade. Mas temos que ser melhores como equipe, a falha individual pode ser superada pela equipe. Acredito muito na equipe. Com uma equipe forte, podemos competir com qualquer um".
Capitão
"Nunca pensei nisso. Já fui capitão em alguns deles, outros chamado de capitão sem braçadeira. Se eu tiver possibilidade e me escolherem, vai ser uma honra, mas quero ajudar como for, capitão ou não. Não vou mudar meu jeito de ser e quem eu sou. Procurar dar exemplos".
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