Apesar da falta de patrocínio que os atletas brasileiros ainda enfrentam, a situação melhorou: 93% dos olímpicos que vão disputar medalhas em Atenas têm patrocínio.
Dos 245 atletas da delegação brasileira, apenas 15 não recebem, direta ou indiretamente, dinheiro de um patrocinador, seja individual, do seu time/clube ou da respectiva confederação: 230 esportistas ganham uma porcentagem da verba publicitária das várias empresas interessadas em associar o nome às Olimpíadas.
Alguns esportes, como vôlei, basquete e handebol, são 100% patrocinados. Individualmente, porém, a situação é outra. No vôlei, apenas um atleta, o ponta Giovane, tem um patrocinador pessoal, a fabricante de material esportivo Rainha. No handebol, são seis os patrocinados, quatro pela Adidas.
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Mas nem todos os esportes que estão em evidência são privilegiados. A ginástica artística, por exemplo, pode voltar de Atenas com sua primeira medalha olímpica. Mesmo assim, um membro da equipe vai a Atenas apenas com o que ganha pela Lei Piva e de seu clube: Mosiah Rodrigues, único homem na delegação da ginástica. Enquanto a equipe feminina tem patrocínio de duas grandes empresas, a Brasil Telecom e a Coca-Cola, ele não conseguiu nenhum apoio.
O futebol sofre do mesmo problema. A CBF tem dois grandes patrocinadores, Nike e Guaraná Antarctica, mas as verbas para o futebol feminino, o único que estará nas Olimpíadas, são escassas.
É preciso levar em consideração que 2004 é tempo de vacas gordas. Em ano olímpico, as verbas são abundantes. Depois, a torneira fecha.
Informações do UOL