Um professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL) vai assistir aos Jogos Pan-Americanos numa posição privilegiada, como observador credenciado pelo Ministério do Esporte. Trata-se de Luiz Cláudio Reeberg Stanganelli, coordenador da unidade da UEL da Rede Cenesp e também, há dois anos, coordenador da própria rede, constituída por 14 unidades espalhadas pelo Brasil.
Os professores do Cenesp/UEL foram responsáveis pelo acompanhamento científico da preparação dos oito atletas das seleções brasileiras de badminton que vão participar do Pan – daí o direito à credencial obtida por Stanganelli. Ele vai ao Rio de Janeiro com a atenção voltada não só para o badminton, mas também, em especial, para o voleibol, modalidade à qual o Cenesp/UEL tem dado apoio na preparação das seleções nacionais masculinas juvenil e infanto-juvenil nos últimos anos.
Cenesp é a sigla de Centro de Excelência Esportiva. A Rede Cenesp foi montada pelo Ministério do Esporte para promover o desenvolvimento das modalidades esportivas olímpicas e paraolímpicas. Não é por acaso que todas as unidades estão em instituições de ensino superior (a da UEL é a única do Paraná): seu objetivo é promover o acesso às ciências aplicadas ao esporte, sob a forma de avaliações de atletas, detecção de talentos, geração e transferência de tecnologias, capacitação de pessoal, realização de projetos de pesquisa, intercâmbio e eventos técnico-científicos.
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Stanganelli diz que a Rede Cenesp esteve a serviço de várias modalidades para o Pan, entre elas remo, canoagem, judô, tae-kwon-do, pólo aquático, atletismo, badminton, basquete, handebol e levantamento de peso.
Badminton - Ao Cenesp/UEL coube o acompanhamento das seleções de badminton, aquele jogo de peteca disputado com raquetes, numa quadra semelhante à de vôlei, mas de dimensões bem menores. Parece coisa de criança, mas aquela peteca chega a voar a 300 km/h... O badminton é disputado em simples ou duplas masculinas ou femininas – e ainda tem duplas mistas. A delegação brasileira para o Pan é constituída por quatro atletas de cada sexo, além de técnicos e do chefe da delegação.
O badminton não tem tradição no Brasil, mas é um esporte olímpico, muito praticado em países da Europa e da Ásia. No último Pan, em 2003, em Santo Domingo, o Brasil não passou das quartas-de-final.
O Cenesp/UEL criou há três anos uma integração com a confederação da modalidade por causa de um aluno da UEL que era jogador e fez a ponte. O trabalho tem dado bons resultados. "Fizemos a última avaliação das meninas em Porto Alegre, no fim de junho, e logo depois avaliamos os rapazes, em Campinas. Todos evoluíram muito depois dos testes que apontaram pontos fortes e pontos fracos e do trabalho realizado pela comissão técnica para obter o máximo da capacidade física específica para a prática do jogo. Fisicamente, todos estão no seu melhor desde que começaram a jogar", garante o professor.