O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, fez uma vistoria nesta quarta-feira nas obras da Arena da Baixada, a mais atrasada das 12 sedes da Copa do Mundo. E elogiou a evolução na reforma do estádio em Curitiba desde que a Fifa deu um ultimato, no mês passado, para que o local não fosse excluído da competição que acontecerá entre junho e julho no Brasil.
Em visita à Arena da Baixada no dia 21 de janeiro, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, chegou a admitir a possibilidade de excluir o estádio da Copa caso não apresentasse uma evolução nas obras até 18 de fevereiro, quando acontecerá uma nova vistoria. Na ocasião, o governo também resolveu intervir, participando mais ativamente da reforma.
Uma das medidas adotadas na ocasião, numa ação que contou com a participação das três esferas de governo, foi ampliar o efetivo de operários para acelerar as obras. Assim, houve um acréscimo de quase 40% no número de trabalhadores, segundo revelou nesta quarta-feira Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR, clube que é dono do estádio.
Leia mais:
Quem está na comissão que complementa Filipe Luís e que pode dirigir o Flamengo
São Paulo cria guia turístico do futebol paulista
Yuri Alberto tenta ser recordista no Corinthians e no Brasileiro
Busca do São Paulo por um camisa 10 está no início
"Naquilo que dá para se notar a olho nu, já é importante a evolução da cobertura. Toda a grama já foi plantada. Agora o que falta são obras de acabamento. Não há obra estruturante por fazer. O que ainda precisa ser feito dá para ser concluído a partir da intensificação de mão de obra", avaliou o ministro do Esporte, após a vistoria na Arena da Baixada.
Também presente na vistoria desta quarta-feira, o governador do Paraná, Beto Richa, garantiu que os "percalços" já estão equacionados. "Recuperamos parte do cronograma que estava atrasado. Todo o material necessário para a conclusão já está armazenado. São Pedro tem ajudado (sem chuva). Estamos contando com apoio do pessoal do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil). Eles garantem que é possível cumprir o cronograma", afirmou.
Para conseguir tudo isso, foi necessário mais dinheiro. Por isso mesmo, o orçamento final da obra ainda está aberto - inicialmente, custaria R$ 326 milhões, mas esse valor será maior. "Está em análise um novo empréstimo. O clube não se utilizou de todos os recursos oferecidos pelo BNDES (na linha de crédito especial para estádios da Copa). Por isso, teria uma margem para financiamento repassado via agência de fomento do Estado", revelou Beto Richa.
"Os valores finais ainda não estão devidamente auditados em função da modelagem financeira diferente. É um estádio privado com participação indireta do governo do Estado e da prefeitura. A solução será dada. Não é momento de conflito, mas de união. Precisamos, como cidadãos e autoridades, assumir o compromisso de que cumpriremos as metas", explicou Petraglia.
Até agora, sete dos 12 estádios da Copa já foram inaugurados - além de Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá, Manaus e São Paulo ainda restam ser entregues. A Arena da Baixada está programada para receber quatro jogos no Mundial, todos válidos pela primeira fase: Irã x Nigéria, Honduras x Equador, Austrália x Espanha e Argélia x Rússia.