Marcado para esta segunda-feira anteriormente, o depoimento de Patrícia Moreira, torcedora do Grêmio flagrada proferindo ofensas raciais ao goleiro Aranha no jogo da última quinta-feira, na Arena, foi adiado para o final desta semana. O delegado Herbert Ferreira recebeu as imagens cedidas por Grêmio e Arena na noite deste domingo e começou a análise para identificar outros torcedores nesta segunda-feira. O material tem cerca de 2 horas de gravações.
Assim, a torcedora deverá ser intimada para depor, algo que ainda não ocorreu, na quarta ou quinta-feira, segundo Ferreira. A torcedora foi a primeira identificada a proferir ofensas de cunho racial contra Aranha. Porém, como há outros torcedores que também engrossaram o coro, a Polícia Civil gaúcha trabalha para aumentar o leque de identificados.
- Recebemos as imagens ontem à noite. Estamos buscando a identificação de mais torcedores. O depoimento da torcedora deve ocorrer entre quarta e quinta-feira. São duas horas de material recebido, estamos fazendo a análise de tudo isso - comentou Herbert Ferreira ao L!Net.
Leia mais:
Botafogo joga por empate para acabar com jejum de 29 anos no Brasileirão
Palmeiras tenta tirar Brasileiro 'praticamente definido' do Botafogo
Londrina EC marca jogo contra o Maringá em Alvorada do Sul
São Paulo pode devolver Jamal ao Newcastle e abrir 2025 com só um lateral
Segundo o delegado da 4ª Delegacia de Polícia, o Grêmio tem sido solícito em todos os pedidos. Além das imagens, também forneceu o que tinha de informações sobre os identificados. O clube gaúcho enfrentará o julgamento pelo caso na quarta-feira, no STJD, e espera que a postura amenize a punição pelo tribunal.
A expectativa inicial era de que Patrícia pudesse depor já nesta segunda-feira. No entanto, a jovem de 22 anos ainda não foi intimada. Se a torcedora se apresentar na delegacia espontaneamente, ainda terá de prestar um depoimento formal.
O Tricolor optou por não tentar o recurso para a suspensão do jogo da Copa do Brasil, com o Santos, nesta quarta-feira, para não "tumultar" a competição. O clube teme que uma possível punição no tribunal aumente a força das organizadas, que teriam poder de barganha com as diretorias. A Geral do Grêmio tem um confronto político com a gestão de Fábio Koff.