Após o protesto do dia anterior, quando torcedores chegaram a jogar ovos no ônibus da delegação e tiveram uma conversa com alguns jogadores para fazer cobranças, o meia holandês Seedorf pediu nesta terça-feira apoio da torcida do Botafogo na reta final do Brasileirão. Grande astro do time, ele garantiu que não está faltando raça e dedicação ao elenco na busca pela vaga na Libertadores.
"Ter situações de conflito não ajuda. Mas tivemos uma oportunidade para conversar com os torcedores. Eles precisavam ter essa comunicação direta e desabafar", disse Seedorf, em entrevista coletiva nesta terça-feira, ao comentar sobre o protesto do dia anterior, após a derrota do Botafogo para o Inter. Diante das cobranças da torcida, o craque holandês tratou de defender seus companheiros.
"Esse grupo não merece ser criticado, está lutando pela Libertadores e precisando de apoio. Eles pediram nossa entrega, mas sempre nos entregamos. Esse grupo mostrou mais do que entrega durante todo o ano. Eles falaram que nós não temos nada a ver com o passado, mas eles estão preocupados. Entendemos, mas precisamos de apoio e de nos juntar. Foi muito legal, uma conversa entre homens, com botafoguenses que vão para o estádio", afirmou.
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A luta do Botafogo é para terminar o Brasileirão entre os quatro primeiros colocados e conseguir a vaga na Libertadores do ano que vem - está em quarto lugar com 53 pontos. "Falamos que não vamos nos entregar. Tem mais 15 pontos em jogo. Estamos lutando para entrar na Libertadores, conseguir esse objetivo. Uma derrota não muda nada. Ainda dependemos de nós mesmos e vamos com tudo", prometeu o holandês. "Estamos lutando, e a luta não acabou."
Durante a mesma entrevista, Seedorf tratou de desmentir os rumores de que teria brigado com o técnico Oswaldo de Oliveira. "Estão tentando criar algo entre mim e Oswaldo, mas a relação é uma das melhores que tive com um treinador na minha carreira. Tenho grande respeito, é um excelente ser humano, mostrou durante o ano. Faço meu papel como jogador e pessoa. Discutimos sobre futebol, como melhorar, mas no fim ele toma a decisão e eu vou junto", explicou o veterano craque de 37 anos.