Apesar da situação ainda tensa na Ucrânia, o campeonato nacional será retomado no próximo sábado, mas com a incerteza de permanência de muitos atletas estrangeiros que atuam em equipes locais. Após Bernard afirmar ter um plano de fuga para sair do país e Diego Souza ser especulado no Vasco pela tensão no Leste Europeu, foi a vez de Guiliano, do Dnipro, falar sobre o momento de instabilidade e a chance de voltar ao Brasil.
O meia, revelado pelo Internacional e pretendido pelo Flamengo ao início da temporada, falou do atual cenário na Ucrânia e contou um plano da embaixada brasileira para auxiliar os atletas em casos extremos.
- A situação continua igual, principalmente na Criméia e em Sevastopol, que são as duas cidades que fazem parte da fronteira russa. Há muitas tropas russas lá, mas eles não atiraram e não teve nenhum confronto ainda. Mas a gente está em sinal de alerta. Fomos procurados pelo Cônsul brasileiro. Ele pegou os nossos contatos, os nossos dados, dizendo que estão, sim, preocupados com a gente, e que qualquer coisa que acontecesse e se a situação piorasse, eles nos dariam um plano de fuga, nos colocariam num avião e nos mandariam de volta para o Brasil - disse.
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A cidade natal do Dnipro, Dnipropetrovsk, está fora da área de conflito. Giuliano revelou que o ambiente é tranquilo, mas que a região não ficou totalmente isolada das manifestações.
- Na verdade, teve uma manifestação muito pequena no centro da cidade, onde eles quebraram a estátua de alguém que fez parte da Ucrânia antigamente, que eu não sei exatamente quem é. Mas fora isso não teve nenhum sinal de violência. A cidade está tranquila e a gente está na expectativa de que as coisas melhorem.
A reabertura da competição para a equipe de Giuliano é contra o Sevastopol, umas das cidades-centro dos conflitos. O atleta revelou que o próximo adversário e o Tavriya, clube situado na Criméia, não devem fazer jogos em casa.
- Eu tenho pouca informação a respeito. Mas pelo que eu escutei e pelo que estavam comentando, essas equipes não jogariam em casa. Todas as vezes que eles tivessem que jogar em casa, ou iriam para outra cidade ou jogariam na casa do adversário. Porque não há condições de ir para essas cidades.