O Avaí move uma ação contra o Belenenses, junto à FIFA, desde 2007. Os catarinenses cobram uma compensação por formação incidente na transferência do atleta Thiago Silveira. Os portugueses contrataram o atleta ao fim de seu contrato com o Leão - onde atuava desde 1999 -, em uma contratação livre.
Entenda o caso
A entidade máxima do futebol mundial apresenta um Regulamento sobre o Estatuto e Transferências de Jogadores. Dentro deste documento, há uma cláusula que recompensa o clube formador do atleta, caso ele se transfira para o exterior até completar 23 anos de idade - caso de Thiago Silveira, hoje no Boavista (RJ).
Para assegurar seu direito, o Avaí teve fez um pedido à Câmara de Resolução de Disputas, que integralmente aceito, condenou o Belenenses a pagar uma quantia de 355 mil euros, mais juros de 5% ao ano.
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Como os portugueses não cumpriram a decisão dentro do prazo fixado, os clubes entraram em um acordo que possibilitou o pagamento parcelado da dívida. Porém, com vários atrasos nos pagamentos, o Leão da Ilha abriu novo procedimento disciplinar, solicitando imposição de multa e retirada de pontos do Belenenses.
A FIFA decidiu em favor do Avaí, mais uma vez, punindo o time lisboeta em, aproximadamente R$ 37 mil, e determinando que o clube deveria pagar a dívida com os catarinenses no prazo de 30 dias, sob ameaça de perder seis pontos na liga de seu país.
Para evitar nova punição, o Belenenses pagou a última parte da dívida, e o Avaí recebeu, no total, um pouco mais que 1,3 milhão de reais. - Foi um processo extremamente complicado e longo, mas ao final, foi possível obter uma compensação capaz de remunerar adequadamente os investimentos feitos pelo clube no atleta durante seu período de formação - declarou o advogado do clube, Eduardo Carlezzo