O atacante Karim Benzema, do Real Madrid, quer que o técnico da seleção francesa, Didier Deschamps, explique com clareza os motivos pelos quais ele deixou de convocá-lo para defender o time do país. O jogador está há dois anos fora da lista do técnico, desde que foi acusado de extorquir o colega de time Mathieu Valbuena para não divulgar um vídeo íntimo envolvendo o meia.
"Se o treinador me disser olhando nos olhos que o motivo (da não convocação) é meu futebol, eu vou continuar trabalhando", disse Benzema ao jornal esportivo L'Equipe nesta quarta-feira. "Se for outro motivo, ele deveria dizer isso na minha cara e aí estaremos entendidos", completou o jogador, que defendeu a seleção francesa pela última vez em outubro de 2015. Finalista da Liga dos Campeões com o Real Madrid e com a possibilidade de ganhar o Campeonato Espanhol, o atacante diz que não há explicação - no esporte - para sua ausência da seleção.
Na entrevista, Benzema dá a entender que pode contar com um apoio inusitado para voltar à seleção: o do novo presidente da França, Emmanuel Mácron. Segundo o jogador, os dois se conheceram antes de Macron iniciar sua carreira política, se encontraram algumas vezes, chegando a jantar juntos, e que mantiveram contato por mensagens.
Leia mais:
Atlético-MG e Botafogo jogam pela Glória Eterna da Copa Libertadores
Argentina pede ordem e mobiliza 1.500 policiais para final da Libertadores
Londrina EC aposta em pré-temporada como diferencial em 2025
Vini Jr. disputa The Best contra Messi, aposentado e mais
Quando o escândalo veio à tona em 2015, o então primeiro-ministro francês, Manuel Valls, e até o presidente François Hollande, deram declarações contra Benzema, dizendo que o jogador não era um exemplo de moralidade e que não deveria ter espaço no time nacional. "Quando seu nome é citado pelo primeiro-ministro, e também pelo presidente, a situação fica mais difícil". Apesar de negar que esteja esperando uma intervenção direta do novo presidente, Benzema disse que espera que Mácron fale dele "de uma forma melhor".