O BNDES deve sinalizar até sexta-feira (14) a liberação do empréstimo para conclusão das obras da Arena da Baixada. O aporte financeiro deve garantir para os meses de março e abril o montante necessário para que a CAP/SA siga com os trabalhos e entregue o estádio a tempo para a realização dos quatro jogos da Copa do Mundo em Curitiba.
O secretário de Urbanismo da capital, Reginaldo Cordeiro, falou nesta quarta-feira (12) sobre as obras do estádio do Atlético Paranaense e sobre as obras de mobilidade urbana na Câmara Municipal. Ele se mostrou confiante com o avanço observado nas obras do estádio, mas explicou que uma sinalização positiva do BNDES ainda é necessária para garantir os recursos da Arena. "Tenho certeza de que a copa fica em Curitiba. A comissão que foi criada com membros da prefeitura, do governo do Estado e da CAP/SA tem trabalhado diariamente. Com o aporte financeiro tenho certeza que a obra será", diz.
Em janeiro a Fifa deu ultimado a Curitiba para que o estádio do Atlético-PR mostre evolução até o dia 18 de fevereiro. O estádio passará, neste dia, por nova avaliação da entidade máxima do futebol. Para garantir o recurso que finalizará a obra, o governo do Paraná protocolou nesta quarta-feira um pedido de financiamento ao BNDES de R$ 250 milhões. Deste total serão utilizados R$ 65 mi para a Arena da Baixada, como empréstimo. O restante ficará com o governo. O Atlético-PR, entretanto, terá que dar garantias de que vai pagar o dinheiro.
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Mobilidade – uma das obras de mobilidade urbana em Curitiba pode não ficar pronta para a Copa. Trata-se do Terminal Santa Cândida, uma exigência do Ministério Público Federal (MPF) para melhorar a integração entre a capital e a região metropolitana. "Tivemos problemas com a empresa que executa a obra. Mas negociamos com a Caixa Econômica Federal e haverá recurso para o terminal, mesmo que ele seja concluído depois da Copa", afirma Cordeiro.
Nenhuma das demais obras de mobilidade preocupa a prefeitura, segundo o secretário. Ele acredita que todas ficarão prontas até o mês de maio, ou seja, cerca de 30 dias antes do início da Copa do Mundo. As obras complementares – que incluem integração do estádio com estacionamentos, setor de imprensa e entorno do estádio – serão entreguem em abril.
Crítica – Cordeiro criticou a forma como a CAP/SA conduziu a movimentação financeira para a execução da obra. Segundo o secretário, a falta de planejamento resultou em um aumento dos recursos para a obra. "A engenharia financeira da CAP/SA falhou". No início do projeto, o valor estimado e assinado em contrato era de R$ 184,6 milhões. Entretanto, a quatro meses da Copa, o valor total da obra chega, agora, a R$ 319 milhões.