Arrumar a defesa? Pode ser. Treinar mais finalizações? Talvez. Melhorar a troca de passes? Possivelmente. Mas nenhum desses parece ser o primeiro grande desafio de Adilson Batista no São Paulo. Depois do clima que se instaurou entre os jogadores após o decepcionante empate por 2 a 2 com o Atlético-GO, o treinador terá trabalho para reunir todo o elenco em torno de um bem comum e acabar de uma vez com as críticas entre atletas expostas publicamente.
Ao final do jogo do sábado (23) no Morumbi, quase todos os são-paulinos entrevistados trataram de culpar os companheiros, não nominalmente, pelos gols sofridos e pelos tentos não marcados. Foi zagueiro culpando volante, volante criticando atacante, atacante detonando a zaga, todos criticando o empate, um caos.
Na sua hora de falar, Adilson Batista evitou responsabilizar um ou outro setor pelas falhas cometidas ao longo da partida. Ao contrário, saiu em defesa dos meio campistas, criticados sobretudo por não terem atrasado a cobrança da falta que resultou no primeiro gol atleticano.
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"Não vi como sendo culpa dos volantes. Nós erramos, nós falhamos, nós empatamos. Vamos tentar reverter isso", disse o técnico, usando discurso que ele deve repetir exaustivamente nos vestiários se quiser encerrar as críticas públicas entre jogadores.
"Isso tem que ser interno. A gente faz o trabalho de correção, mostra, elogia. É a nossa função de treinador e é o que vamos fazer", completou o comandante.
Adilson tentará acabar com um comportamento que ajudou a queimar e derrubar seu antecessor, Paulo César Carpegiani, que viu durante seu comando os jogadores reclamarem publicamente do esquema e das atuações do time. (Com informações do Portal UOL)