Pouco depois de o Bom Senso FC ter cobrado, nesta quarta-feira, mudanças no projeto de Fair Play Fiscal e Trabalhista no futebol brasileiro a ser apresentado oficialmente no Congresso Nacional, a CBF respondeu às reivindicações do movimento liderado por jogadores por meio de nota oficial publicada nesta tarde. Para rebater o Bom Senso, que, entre outras coisas, cobrou nesta quarta a criação de uma agência reguladora que fiscalize o pagamento dos salários dos jogadores, a entidade citou investimentos feitos nas Séries C e D do Campeonato Brasileiro para justificar o seu comprometimento com os atletas que atuam nas principais divisões do País.
"Já nos primeiros meses da nova administração, no ano de 2012, a CBF investiu 25 milhões de reais para dar suporte a 40 equipes da Série D e mais 15 milhões de reais para a Série C, perfazendo o montante de 40 milhões de reais, aplicados às duas Séries C e D, garantindo a esses clubes, às voltas com sérios problemas financeiros, prestes a paralisar suas atividades e as da competição que disputavam, o pagamento de viagens e hospedagem, o custo de arbitragens e até de material esportivo, como bolas para os jogos", escreveu a CBF, em um trecho da longa nota que publicou em seu site oficial.
A entidade destacou que, sem o aporte financeiro que garante aos clubes, as Séries C e D "não poderiam se desenvolver", assim como listou uma série de itens para defender a sua atual conduta em relação aos times e jogadores do Brasil. Para defender o seu calendário, a CBF enfatizou que diminuição no número de partidas pode provocar perda de receitas aos clube, mas admitiu que se estabeleça um limite de 65 partidas anuais por cada time.
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Já em relação ao Fair Play Financeiro, destacou que "a medida deu bons resultados na Federação Paulista, mas requer aperfeiçoamento para implantação em âmbito nacional". No que diz respeito à participação dos atletas nos conselhos técnicos, a entidade pontuou que o fato de já ocorre "de forma extraoficial com o Sindicato dos Atletas, mas poderá ser oficializado". "Para tanto, faz-se necessária a aprovação pela Assembleia Geral da CBF ou em reunião dos clubes", ponderou.