Um de falta e outro de pênalti. Foi o suficiente para a torcida do Atlético-MG acreditar que Ronaldinho Gaúcho continua sendo o craque de sempre e poderá conduzir o time no Marrocos. O Galo não jogou nada, somente o seu camisa 10, mas conseguiu arrancar um empate contra o Vitória, no Independência, após sair perdendo logo aos três minutos e tomar outro aos seis minutos.
Os gols do Vitória foram marcados por Marquinhos e Maxi Biancucchi, só que o Leão, que sonhava com uma quarta vaga virtual para a Libertadores, ficou pelo caminho, já que o Botafogo venceu seu jogo. O jogo valeu mesmo pela aula que R10 deu no Horto, com passes perfeitos (incluindo no pênalti sofrido por Berola).
GOLS RELÂMPAGO E R10 MÁGICO
O Atlético-MG entrou de salto alto contra o Vitória e só foi perceber a burrada tarde demais. Com apenas seis minutos de jogo, o Rubro-Negro abriu 2 a 0. Marquinhos foi autor do gol que iniciou a caminhada dos baianos, em lance de sorte, após cruzar e a bola cobrir o goleiro Victor.
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O time alvinegro nem conseguiu atacar direito e Victor buscava a bola pela segunda vez nas redes. Desta vez, a desatenção da defesa mineira esteve do lado esquerdo. Novo cruzamento, milagre de Victor e, no rebote, Maxi Biancucchi encostou com facilidade. O Rubro-Negro sonhava com a quarta vaga na Libertadores e dava um banho de bola num desacordado campeão da Libertadores.
O Galo despertou, mas foi aos poucos. Primeiro, abusou dos lançamentos diretos para Jô, que não estava inspirado. Sem Diego Tardelli, o ataque perdia em qualidade. Fernandinho não jogava bem e Ronaldinho, ao contrário dos demais companheiros, não errou quase nada (salvo uma falta que poderia ter sido evitada).
R10, no entanto, seria mesmo o nome da tarde fria no Horto. Após dois meses e algumas semanas, ele retornou de sua lesão na coxa esquerda com estilo. Guardou um golaço de falta no ângulo de Wilson e agradeceu dois elementos em particular: bateu continência para Alexandre Kalil e parabenizou o DM do Galo.
GALO PRESSIONA E EMPATE
O Atlético-MG voltou à estaca zero. Com apenas cinco minutos, quase levou o terceiro gol. A torcida empurrava, mas o time que estava prestes a disputar seu maior torneio parecia não querer estar ali. Em erro de Réver, o ataque do Vitória ficou três homens contra um, Dinei arriscou belo chute, Victor espalmou e Marquinhos, livre, explodiu o travessão. No semblante dos alvinegros: uma mistura de pouca vibração e comodismo.
No entanto, jogando em casa, o Galo tinha que, ao menos, criar chances. Luan (se fosse Tardelli...) fez bela tabela com Jô, mas chutou mal, a bola desviou e foi para fora. Essa cena sofreria uma repetição, mas Luan obrigaria Wilson a salvar.
Logo depois, o mesmo Luan deu passe cirúrgico para R10. Livre, o craque mandou por baixo das canetas de Wilson, mas estava impedido. O Galo passou a dominar o jogo, pois o Vitória cansou de imprimir o ritmo inicial e não ganhava as bolas no meio de campo. Fernandinho e Jô carimbaram Wilson, grande nome do Leão da Barra.
Tudo encaminhava para um final de jogo lento e vitória do time da boa terra. Mas Ronaldinho tinha mais uma carta na manga. Ele lançou Neto Berola por trás da zaga e o camisa 25 sofreu pênalti. R10 não perdoou e levou a Massa ao delírio. Lesão e alma curadas do craque brasileiro.