Eram 12 minutos do primeiro tempo e a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil, para enfrentar o Corinthians, já estava definida: foi o tempo que demorou para o Atlético-MG, que já havia vencido por 1 a 0 no Pacaembu, abrir o placar contra o Palmeiras nesta quinta. O Galo contou com mais uma das inúmeras falhas do goleiro Fábio e fez 2 a 0 sem dificuldades - Jemerson e Luan marcaram os gols no Independência.
Como se não bastasse a falta de qualidade, os paulistas têm um goleiro que falha jogo após jogo. A saída de Fábio no lance em que o Galo abriu o placar, em cabeçada do zagueiro Jemerson, foi inexplicável. No gol de Luan, que saiu aos 16 do primeiro tempo, só quatro minutos depois, ele até fez boa defesa após chute de Carlos, mas acabou espalmando nos pés do atacante.
Àquela altura, a defesa verde já estava totalmente desorganizada, tanto que Lúcio e Tobio disputaram - e perderam - a mesma bola pelo alto, fora da área, deixando os laterais Weldinho e Juninho no mano a mano. Confusos, eles não conseguiram fazer nada além de assistirem ao gol.
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Os mineiros souberam aproveitar a fragilidade adversária e não fizeram mais gols porque tiraram o pé, sobretudo na etapa final, e porque o árbitro ignorou um pênalti de Juninho sobre Alex Silva. A primeira defesa de Victor foi aos 21 minutos do segundo tempo, em chute forte de Henrique. O Palmeiras passou toda a primeira etapa sem ameaçar o goleiro, que chegou a se aquecer em determinados momentos. Quando o time chegou à frente, errou na finalização com Allione e Henrique.
Sem os lesionados Pierre e Josué, o meio foi dominado por Rafael Carioca e Leandro Donizete. Na frente, a velocidade do garoto Carlos e de Luan superou a falta de Diego Tardelli (com a Seleção) e Maicosuel (mais um machucado). Não é mais aquele Galo brilhante que ganhou a Libertadores, mas é possível sonhar com voos mais altos na competição.
Do lado verde, o prognóstico é desanimador. Dorival Júnior, o novo técnico, viu tudo das tribunas e certamente percebeu que sua missão não será fácil. O interino Alberto Valentim apostou no 4-4-2 convencional, sem o excesso de atacantes que ajudou a derrubar o argentino Ricardo Gareca. Mas de nada adiantou jogar com Marcelo Oliveira e Renato com funções unicamente defensivas no meio de campo, tampouco a aposta pelo meia Bruno César, que andava esquecido.
Ele ainda tentou a sorte com Mazinho na vaga de Allione, já no intervalo, mas obviamente sem sucesso. Cristaldo, que substituiu Bruno César, pouco tocou na bola. Valentim ainda foi forçado a colocar Wellington na vaga do machucado Lúcio, o que não mudou a história do jogo: os jogadores do banco palmeirense eram tão ineficazes quanto os que estavam em campo. Tobio ainda fez falta grosseria no último lance e foi expulso.