O primeiro Campeonato Paranaense do terceiro milênio tem tudo para ser um divisor na história da competição. Os traços aparecem já na formulação da Série Ouro de 2001; nos laços com empresários; na busca de parceiros comerciais e na chegada dos patrocinadores.
Atlético, Coritiba, Paraná, Rio Branco, Prudentópolis, Malutrom, Londrina, União, Iraty e Francisco Beltrão iniciam o século XXI com nova filosofia trabalho. Os dirigentes conseguiram trazer mais investidores para o Regional. Além da Rede Globo também estão investindo na competição a TIM, a Umbro, Penalty, Finta e a Oceano.
O maior investidor de 2001 é a televisão, que paga aos clubes direito de imagem para mostrar as melhores partidas do campeonato, exibidas no sábado à tarde. Os três clubes da capital, extraoficialmente, recebem em torno de R$ 1 milhão. O valor cai para R$ 120 mil para os outros sete clubes.
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O segundo maior investidor é a Operadora TIM, que patrocina Atlético, Coritiba e Paraná Clube. Cada equipe do trio-de-ferro recebe valores acima de R$ 100 mil mensais para exibir a logomarca da empresa na frente e no verso da camisa. Essas equipes também têm contrato de fornecimento de material esportivo com a Umbro, Penalty e Finta respectivamente.
Além do Atlético, a Umbro fornece material esportivo para outras seis equipes: Prudentópolis, Malutrom, Londrina, União, Iraty e Francisco Beltrão, um investimento de R$ 500 mil. O Rio Branco é a única equipe integrante do Grupo dos 9 que manteve-se fiel ao seu antigo fornecedor, a Finta.
Os clubes da capital não investiram muito esse ano. O Atlético, atual campeão, comprou metade do passe do lateral-direito Alessandro, e contratou o meia Donizette Amorin, que passou por Cruzeiro e Fluminense, e os zagueiros Milton do Ó e Nem, ambos ex-Paraná. Mas também perdeu jogadores importantes como Reginaldo e Marcus Vinicius.
O Coritiba trouxe onze jogadores, entre eles o goleiro Nei, que passou pelo Corinthians, o meia Mabília, ex-Internacional, e o meia Camilo, ex-Flamengo. Mas tão cedo eles não entrarão no time. O técnico Ivo Wortmann depois da vitória de 2 a 1 sobre o Grêmio, na última quarta-feira, pela Copa Sul Minas pretende manter a mesma base que terminou a Copa João Havelange do ano passado.
Já o Paraná Clube manteve a base do ano passado. O principal desfalque foi o atacante Flávio, negociado com o Vitória, da Bahia. Outra baixa aconteceu na zaga. O zagueiro Nem trocou o tricolor pelo rubro-negro.
Embalado pelo título do Módulo Branco da João Havelange, o Malutrom manteve a espinha dorsal da equipe, o meia Rodrigo Batata e Tcheco. Já o destino do artilheiro Flávio continua indefinido, não se sabe se o destino é a Europa ou o Centro de Treinamentos do Barigui.
O único representante do litoral, o Rio Branco, de Paranaguá, encara um desafio nesta temporada: repetir a campanha do Regional do ano passado. Permanecem na equipe jogadores importantes como Herminho e Cannigia. Mas Sabiá deixou o clube. A diretoria manteve-se fiel ao seu plano de contratações e trouxe somente atletas desconhecidos.