O Corinthians não descarta a possibilidade de contratar mais operários para conseguir entregar o estádio em Itaquera até o dia 15 de maio, último prazo dado pela Fifa para ter a arena de abertura da Copa do Mundo em condições de receber a primeira partida da competição, marcada para o dia 12 de junho, entre Brasil e Croácia. A Odebrechet chegou aos 97% da conclusão das obras, mas sabe que precisa 'testar' e fazer funcionar muita coisa antes de liberar a arena para um jogo oficial. Isso sem mencionar as obras de entorno do Itaquerão, que também levará tempo.
O Estádio do Corinthians será o cartão de visita da Copa do Mundo porque abrigará a festa de abertura e a primeira partida do torneio. Todos os chefes-de-Estado dos países participantes da disputa deverão estar no Itaquerão dia 12. Daí a preocupação da Fifa. Além de entregar o último tijolo, é preciso acompanhar o funcionamento de todas as intalações, de chuveiros nos vestiários à qualidade do gramado. São muitos detalhes. A Fifa está preocupada, embora, quando abriu a contagem regressiva dos 100 dias, a entidade de Joseph Blatter passou a focar no futebol.
Após a morte de dois operários ano passado, o ministério do Trabalho, aliado ao ministério do Esporte e Odebrecht, mandou reduzir a carga horária dos trabalhadores na obra. Tudo para evitar novos acidentes fatais.
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O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, já mudou a data de entrega da arena em São Paulo duas vezes. O Itaquerão, que ainda não foi batizado (o Corinthians pede R$ 400 milhões pelo nome do estádio), era para ser entregue em dezembro. Não foi. Depois do acidente com a grua e nova avaliação da Fifa, ficou-se acertado que a Odebrecht trabalharia a todo vapor para entregar a arena em 15 de abril, o que também não será possível. Semana passada, Valcke admitiu nova data: 15 de maio.
DINHEIRO
O Itaquerão tem investimento de R$ 820 milhões (sem revisão), financiado plo BNDES. A construtora usará o local por 20 anos. Essa era a condição de o clube ter seu tão sonhado estádio. O Corinthians terá pequena parcela na arrecadação, o que vai prejudicá-lo nas receitas anuais. Vale lembrar que o Corinthians na Libertadores fazia rendas no Pacaembu na ordem R$ 2 milhões por jogo. Esse dinheiro não será do Corinthians no Itaquerão.