O Corinthians mudou para enfrentar a Ponte Preta, neste domingo, às 17 horas, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, na tentativa de evitar uma crise já neste início do Campeonato Paulista, pela quinta rodada. A derrota para o São Bernardo, em casa, foi digerida. A goleada histórica para o Santos, não. Os 5 a 1 colocaram em xeque jogadores, o técnico Mano Menezes e a diretoria.
O elenco está contra a parede, dando munição aos que defendiam a permanência de Tite. Ou seja, na visão de dirigentes, o problema era o time, não o técnico. Da forma como aconteceu, a derrota também respingou em Mano Menezes por ter "desarrumado" o sistema defensivo. E a diretoria, principalmente o presidente Mário Gobbi, é criticada porque o clube não tem dinheiro para investir em reforços e gastou mal com o atacante Alexandre Pato.
Por tudo isso é mais que essencial vencer a Ponte Preta em Campinas. Uma nova derrota, o que seria a terceira consecutiva, só aumentaria a pressão no clube. Uma vitória, ainda que por 1 a 0, seria considerada goleada.
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Para enfrentar a Ponte Preta, Mano Menezes mexeu na lateral direita, no posicionamento de jogadores no meio de campo e também no ataque. A principal novidade é a entrada de Emerson. Fagner fará sua estreia e terá cuidado redobrado na marcação para não repetir a desastrosa atuação de Diego Macedo no clássico da Vila Belmiro.
Com a entrada de Emerson na vaga de Rodriguinho, Mano Menezes vai recuar Romarinho. O treinador quer a equipe escalada no 4-2-2-2. Danilo, por exemplo, não irá atuar centralizado, atrás de três atacantes. Ele vai jogar como meia aberto pelo lado esquerdo. Portanto, serão dois meias (Romarinho e Danilo) e dois atacantes (Emerson e Guerrero).
Mas pela primeira vez neste campeonato a preocupação de Mano Menezes será o sistema defensivo, em vez do ataque. Foi o preço que ele teve de pagar após os 5 a 1. "Não precisava causar problemas do tamanho que foi na quarta. Nos jogos que vencemos, a equipe foi atacada, mas se manteve organizada, soube se comportar mesmo nos momentos de dificuldades".
Mano Menezes reclamou que o time marcou "5 metros" atrasado os jogadores do Santos. Situações como essa provocaram, por exemplo, atuações ruins até mesmo do volante Ralf, que levou um drible da vaca no clássico de Geuvânio no lance do quarto gol do Santos. "Falhamos como equipe, não se toma gol do meio de campo. Demos um espaço do sonhos para uma equipe fazer a transição com velocidade".
No treino da última sexta, Mano Menezes ensaiou outras alterações, como a entrada de Cleber na zaga na vaga de Paulo André e de Alexandre Pato no lugar de Emerson - esta é até uma possível alteração no segundo tempo. Pato está na berlinda e, se ele realmente não emplacar no Paulistão, será negociado na próxima janela de transferência, em agosto, caso exista alguma boa proposta para o Corinthians. O contrato dele com o clube vai até 2016.