"Vai ser difícil, a emoção vai aflorar, mas vou ficar concentrado no jogo. Quero ser espontâneo, do jeito que eu sou." Essas são palavras de Tite, que fará neste sábado, a partir das 21 horas, diante do Internacional, pela 37ª rodada do Brasileirão, o seu último jogo no Pacaembu como técnico do Corinthians.
A despedida do treinador será marcada por homenagens, por parte da diretoria e também da torcida. Na sexta-feira, por exemplo, Tite já recebeu uma placa dos funcionários pela sua passagem vitoriosa no clube - ele chegou em outubro de 2010, conquistando nesse período os títulos do Paulistão, Brasileirão, Recopa Sul-Americana, Libertadores e Mundial.
O Pacaembu, certamente lotado de corintianos, receberá Tite com faixas em gratidão ao seu legado de cinco títulos e a uma relação amistosa com a torcida até mesmo nos momentos difíceis, como foram os últimos meses de 2013, com a baixa produção da equipe na reta final do Brasileirão.
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"Nunca tinha passado por uma experiência como essa, de estar definida a saída e continuar trabalhando, foi fora dos padrões normais", contou o treinador, que vai ser substituído por Mano Menezes na próxima temporada.
Pelo significado que o jogo deste sábado terá, Tite revelou que a diretoria permitiu que ele deixasse o comando da equipe logo após a partida contra o Inter. Mas o treinador garantiu que vai ficar no cargo até a última rodada do campeonato, no fim de semana seguinte, contra o Náutico, no Recife. "Vou até o fim", prometeu.
Tite não é o único que se despede do Corinthians. O lateral-direito Alessandro, capitão do time nas conquistas da Libertadores e do Mundial, confirmou que vai se aposentar no final desta temporada e faz neste sábado seu último jogo no Pacaembu, fechando um ciclo no elenco corintiano - é o último remanescente dos titulares corintianos na conquista da Série B em 2008.
O time que enfrenta o Inter, apenas para cumprir tabela no Brasileirão, terá a volta do zagueiro Paulo André no lugar de Cleber. E Alessandro vai jogar de lateral-esquerdo. Já o atacante peruano Guerrero, que torceu o tornozelo, continua vetado pelos médicos.
O clube ainda está de luto devido à tragédia que aconteceu no Itaquerão na última quarta-feira, matando dois operários, Fábio Luiz Pereira e Ronaldo Oliveira Santos - os jogadores devem entrar em campo com o nome deles escrito nas camisas.